Guaidó muda diretoria de filial da PDVSA nos Estados Unidos

Medida busca limitar fontes de recursos financeiros disponíveis ao governo de Nicolás Maduro

Por: France Presse  -  14/02/19  -  21:38
Juan Guaidó recebeu apoio da população em manifestação em Caracas
Juan Guaidó recebeu apoio da população em manifestação em Caracas   Foto: Federico Parra/ France Presse

O líder opositor venezuelano Juan Guaidó anunciou uma nova junta diretiva da Citgo, filial da petroleira venezuelana PDVSA nos Estados Unidos, em sua estratégia de asfixiar economicamente o governo de Nicolás Maduro, junto com o presidente Donald Trump.


“A nova direção será composta por venezuelanos capazes, livres de corrupção e sem filiação partidária”, anunciou no Twitter Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por 50 países.


O Parlamento, de maioria opositora, presidido por Guaidó, designou na terça (12) Luisa Palacios, Ángel Olmeta, Édgar Rincón, Luis Urdaneta, Andrés Padilla e Rick Esser, sem detalhar o que acontecerá com os atuais executivos da Citgno nomeados por Maduro. 


“Com essa decisão, não estamos apenas protegendo nossos ativos, mas, também, evitamos que a destruição continue e que percamos a empresa”, acrescentou o opositor de 35 anos.


Washington, com quem Caracas rompeu relações por apoiar Guaidó, congelou contas e ativos venezuelanos, cujo controle entregou a Guaidó, e a partir de 28 de abril embargará a vital exportação de petróleo venezuelano ao mercado americano.


Caracas cifra em US$ 30 bilhões o dano à economia pelo “bloqueio americano”.


Na quarta-feira (13), em seu encontro em Washington com o presidente colombiano, Iván Duque, outro inimigo de Maduro, Trump voltou a advertir que avalia “todas as opções” com a Venezuela.


O presidente americano destacou que Maduro está cometendo um “erro terrível” ao impedir a entrada da ajuda humanitária, que Guaidó prometeu que entrará no dia 23 para aliviar a escassez de alimentos e remédios. Um carregamento de ajuda enviado pelos EUA está desde o dia 7 na fronteiriça cidade colombiana de Cúcuta, perto da poente Tienditas, bloqueada por militares venezuelanos.


O país com as maiores reservas petroleiras do mundo vive a pior crise de sua história recente, que provocou o êxodo de 2,3 milhões de venezuelanos desde 2015. Pilar da economia venezuelana, a PDVSA, antes uma das cinco maiores petroleiras do mundo, está colapsada pela queda de sua produção (1,1 milhão de barris diários, a mais baixa em 30 anos), a corrupção, a moratória, a falta de investimentos e as sanções americanas.


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