Estados Unidos impõem novas sanções contra elite política do Irã

Ataque às bases dos EUA no Iraque foi uma resposta à execução do general Qassim Suleimani

Por: Do Estadão Conteúdo  -  10/01/20  -  19:23
Trump admite que os democratas na Câmara têm votos suficientes para fazer o processo de impeachment
Trump admite que os democratas na Câmara têm votos suficientes para fazer o processo de impeachment   Foto: JIM WATSON/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou nesta sexta-feira (10) uma série de sanções contra o Irã, uma forma de punição econômica pelos ataques iranianos com mísseis contra as forças dos EUA no Iraque. O ataque às bases iraquianas foi uma resposta à execução do general Qassim Suleimani.


O anúncio das sanções foi feito pelo secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e pelo secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, e têm como alvo altos funcionários do governo e setores-chave da economia iraniana, e devem cortar bilhões de dólares em fundos para o governo.


Mike Pompeo disse que as medidas vão atingir não apenas a economia local, mas também o líder supremo do Irã, o aitolá Ali Khamenei, e a cúpula do governo, entre eles oito líderes políticos do país. Pompeo não detalhou exatamente quais seriam essas medidas.


O presidente iraniano Hassan Rouhani disse no mês passado que a "guerra econômica" das sanções dos EUA privou Teerã de US$ 100 bilhões em receita de petróleo e outros US$ 100 bilhões em investimentos. Segundo algumas estimativas, a economia do Irã contraiu mais de 10% no ano passado.


Mas enquanto o estrangulamento econômico forçou o Irã a adotar um "orçamento de resistência" que provocou protestos generalizados e uma repressão do governo, a dor foi sentida principalmente pelos iranianos comuns, em vez de funcionários do governo.


O governo Trump acredita que as sanções contra o alto escalão do Irã vão pressionar o governo iraniano a renegociar o acordo nuclear, reduzir seu programa de desenvolvimento de mísseis e impedir o patrocínio de milícias nos países vizinhos.


"Queremos que o Irã se comporte como uma nação normal", disse o secretário de Estado Mike Pompeo, que se juntou a Mnuchin na Casa Branca.


Mas diplomatas estrangeiros e analistas do Irã dizem que Teerã mostra poucos sinais de que está disposto a ceder à pressão dos EUA.


Os americanos tentam isolar ainda mais os setores de petróleo, financeiro e marítimo do comércio internacional e investimentos iranianos.


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