Bolsonaro teria pressionado candidata a cargo na Saúde: 'Se você fizer lockdown vai me f...'

Acompanhado do filho, presidente teria sabatinado a médica cardiologista Ludhmila Hajjar para a vaga de Eduardo Pazuello

Por: Por ATribuna.com.br  -  15/03/21  -  20:57
Atualizado em 15/03/21 - 21:05
Bolsonaro edita decreto que regulamenta promoções de oficiais das Forças Armadas
Bolsonaro edita decreto que regulamenta promoções de oficiais das Forças Armadas   Foto: Isac Nóbrega/PR

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), teria pressionado Ludhmila Hajjar durante uma sabatina realizada entre domingo (14) e segunda-feira (15). A médica cardiologista era uma das cotadas para assumir o cargo de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde. As informações são do site Poder 360.


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De acordo com a publicação, os encontros foram realizados no Palácio da Alvorada em Brasília, e contaram com as presenças do atual ministro e de um dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro(PSL-SP).


O encontro de domingo durou cerca de 3 horas. De acordo com o Poder 360, o presidente perguntou sobre medidas que restringem a circulação da população, um dos pontos mais atacados por Bolsonaro e seguidores do presidente nos últimos dias. Em determinado momento, Jair Bolsonarao teria dito a Ludhmila: “Você não vai fazer lockdown no Nordeste para me foder e eu depois perder a eleição, né?”.


Em resposta, a médica teria afirmado que medidas de distanciamento mais restritivas devem ser tomadas em situações extremas, em locais em que o número de doentes e de mortes exigisse isso. O atual ministro da saúde, então, relatou que possuia dados diferentes e que os governadores estavam mentindo sobre a taxa de lotação de UTIs.


A médica também foi questionada sobre Eduardo Bolsonaro quis o que ela achava de abortoearmas. Além disso, o presidente da República também chegou a perguntar a opinião dela sobre a cloroquina.


Ludhmila e Bolsonaro voltaram a ter reunião nesta segunda-feira. Pouco depois do encontro, a médica informou que foi convidada para assumir a Saúde, mas que recusou por“motivos técnicos”.


*com informações do Poder 360


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