Suspeito reconhecido por tentativa de latrocínio foi morto dias depois do crime

Homem de 32 anos atirou contra um corretor de imóveis no estacionamento de um supermercado em abril deste ano. Dois dias depois, ele morreu em confronto com a Polícia Militar

Por: Eduardo Velozo Fuccia & Da Redação &  -  14/11/19  -  10:03
Homem de 32 anos morreu em confronto com policiais militares em Guarujá
Homem de 32 anos morreu em confronto com policiais militares em Guarujá   Foto: Reprodução

Júnior Silva dos Santos, de 32 anos, foi reconhecido como autor de uma tentativa de latrocínio, em Guarujá, mas não poderá ser responsabilizado criminalmente. Dois dias após o crime, ele morreu em tiroteio com policiais militares.


Os investigadores Eloy Flórido, Antônio Carlos da Luz e Roberto Lima, da Delegacia de Guarujá, esclareceram apenas nesta semana a tentativa de latrocínio, porque antes vítima não tinha condições de prestar esclarecimentos devido ao seu estado clínico.


Na tarde de 2 abril, um corretor de imóveis de 43 anos se preparava para entrar em seu carro, no estacionamento do Hipermercado Carrefour, na Avenida D. Pedro I, 2.131, quando surgiu um homem armado para assaltá-lo.


Segundo testemunhas, sem que o roubo fosse consumado, o ladrão atirou três vezes. Uma das balas atingiu a perna do corretor e o marginal correu até um comparsa, que o esperava nas imediações em uma motocicleta preta.


A dupla fugiu sem ser identificada e a placa da moto não foi anotada. Socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o corretor foi internado no Hospital Santo Amaro e precisou ser submetido a cirurgia.


Tiroteio


Dois dias após, por volta das 9h, policiais militares realizaram operação na Rua Uruguai, na mesma região do Carrefour. Segundo os PMs, o objetivo era a “prevenção de roubos”.


Em dado momento, os policiais avistaram dois suspeitos, que correram ao vê-los. Houve perseguição e um dos acusados, identificado posteriormente como Júnior Silva Santos, disparou na direção dos patrulheiros, mas sem acertá-los.


Os PMs revidaram e atingiram Júnior, que morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Enseada. Ele portava pistola calibre .40 e carregava mochila com rádio de comunicação, 33 cápsulas de cocaína, 13 pedras de crack, 13 porções de maconha e sete tubinhos de lança-perfume.


Em razão do confronto, o delegado Maurício Barbosa Júnior registrou boletim de ocorrência de tráfico de drogas, tentativa de homicídio (contra os PMs) e homicídio simples, respaldado pela legítima defesa, por ser “morte decorrente de intervenção policial”.


Com a melhora do quadro clínico do corretor, os investigadores puderam ouvi-lo e obter mais detalhes sobre a descrição do ladrão. Com base nessas informações e considerando a proximidade dos locais da tentativa de latrocínio e do tiroteio com os PMs, os policiais civis suspeitaram de Júnior.


“Algumas fotografias, entre as quais a de Júnior, foram levadas até a casa da vítima, onde ela ainda convalesce do tiro sofrido. Sem qualquer dúvida, o corretor reconheceu o marginal morto como quem o baleou ao tentar roubá-lo”, informou Flórido.


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