Suspeito de estupro contra prima de 4 anos oferece casa para mãe retirar queixa em Cubatão

Um caso de estupro contra uma menina de 4 anos está sendo investigado pela Polícia Civil em Cubatão. Segundo a mãe da vítima, a criança foi abusada por um primo, de 32 anos, após ela sair para pagar uma conta e deixar a filha com a prima, que mora com o suspeito. O agressor está foragido e chegou a oferecer uma casa para não ser denunciado.

Em entrevista ao G1 Santos, Idamari da Silva, de 27 anos, relatou que o abuso aconteceu na casa onde mora com a filha, no bairro Vila Esperança. O agressor, um primo de primeiro grau, teria cometido o estupro em poucos minutos, após a mãe sair de casa para pagar a conta. O caso aconteceu no dia 20 de maio.

Como de costume, a menina havia sido deixada brincando no quintal, acompanhada pelo primo. A mãe havia deixado a casa aberta e estranhou o fato de chegar e encontrar o imóvel com as janelas e porta fechadas. Além disso, a criança estava deitada e enrolada em um lençol.

No dia 31 de maio, a vítima apresentou sangramento nas partes íntimas e contou para a mãe o que o primo havia feito. Durante a conversa, ela descobriu que o parente havia pedido para que a menina tirasse as roupas e teria cometido o estupro em seguida. A criança tentou evitar o abuso ao se enrolar em um lençol, mas não conseguiu impedir a agressão.

Denúncia

Após o relato, a comerciante procurou a escola da criança pedindo orientação de como proceder nessa situação. Ela foi aconselhada a procurar a polícia e recebeu um encaminhamento para a realização do exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Santos.

Idamari também procurou o Conselho Tutelar da cidade, mas a demora na instituição a fez procurar a Polícia Civil. O boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) no dia 3 de junho.

Segundo ela, a filha permanece assustada com a situação. "Ela sempre pergunta se ele já foi preso, estamos com medo. Ele está fugido, e a polícia demora a responder. Eles vão esperar acontecer uma tragédia para fazer alguma coisa", lamenta.

Negociação

Após o relato da menina, Idamari questionou seu primo sobre as acusações. "Chamei ele na mesma hora em que ela me contou e perguntei se ele tinha realmente feito aquilo tudo. Ele negou, se prontificou a ir comigo na delegacia no dia seguinte para esclarecer as coisas, mas, no outro dia, ele mudou, dizendo que tinha ido para Minas Gerais a trabalho".

O suspeito entrou em contato com Idamari por meio de mensagens de texto. Em uma das conversas, ele oferece uma casa e um terreno em Cubatão para que ela retirasse as queixas.

"Ele me ofereceu casa, terreno, até me ameaçou, dizendo que eu deveria retirar as queixas para poupar minha vida, mas ele sumiu quando viu que eu não ia desistir. Eu sei onde ele está, parentes já comentaram comigo, e a polícia não faz nada. Só queremos justiça, e que ele vá preso, é um trauma horrível", finaliza.

A Polícia Civil informou que a história segue sendo averiguada e que até o momento o suspeito não foi localizado.