Segurança mata ex-mulher a tiros em Itanhaém

Vítima, uma operadora de caixa de 31 anos, foi baleada no peito, em frente à sua casa

Por: Eduardo Velozo Fuccia  -  17/03/20  -  19:25
Valéria Estefani Dias Garcia foi morta a tiros pelo ex-companheiro em Itanhaém
Valéria Estefani Dias Garcia foi morta a tiros pelo ex-companheiro em Itanhaém   Foto: Reprodução/Facebook

A operadora de caixa Valéria Estefani Dias Garcia, de 31 anos, foi morta a tiros pelo ex-companheiro. O casal teve uma filha e a relação terminou há quatro anos. O feminicídio aconteceu em frente à residência da vítima, em Itanhaém, na segunda-feira (16) à noite.


A mãe de Valéria e um vizinho testemunharam o assassinato. Esse homem chegou a ser perseguido pelo criminoso, que também tentou matá-lo. O suspeito é o segurança Álvaro Assunção, de 34 anos. Ele fugiu e o seu paradeiro continua ignorado.


Atingida no peito, a vítima chegou a ser levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém, mas não resistiu. Uma irmã de Valéria informou que o sepultamento será realizado na quarta-feira (18), no Cemitério Municipal.


De acordo com o vizinho, um eletricista de 34 anos, ele bebia vinho com Valéria na frente da casa dela, na Rua Tupinambás, no bairro Jardim Sabaúna, quando Álvaro chegou ao local dirigindo um carro branco com os vidros escurecidos por película.


Após abaixar um dos vidros do automóvel, o segurança disse à ex-companheira: “Você ainda vai aprender a dar valor”. Como resposta, Valéria apenas declarou: “Amigo, cuide de sua vida”. Em seguida, Álvaro foi embora, ainda conforme o eletricista.


Porém, cerca de 15 minutos depois, o suspeito retornou. Desta vez, ele pilotava uma Honda Fan 150 vermelha, que seria de sua propriedade. Após frear bruscamente a moto na frente de Valéria, sacou uma arma e disparou no peito da vítima.


A operadora de caixa chegou a correr para dentro de sua casa e Álvaro atirou outras vezes na direção da ex-mulher. Até então, ele permanecia sobre a moto, mas depois saiu do veículo, deixando-o cair no chão, para tentar matar o vizinho.


Segundo o eletricista, ele foi perseguido pelo segurança, que atirou mais vezes. O vizinho detalhou que correu agachado ao redor de um Monza, estacionado na frente da casa da vítima, para não ser baleado. O carro pertence ao pai de Valéria.


Como a perseguição não acabava e aumentava o risco de ela ser alcançada e morta, a testemunha correu em direção à esquina, onde finalmente conseguiu se distanciar. Somente então, Álvaro subiu na moto e fugiu. A Honda tem um baú na garupa.


Filha de 3 anos


A versão do eletricista foi confirmada pela aposentada Neide Dias, de 67 anos. Mãe de Valéria, ela estava dentro de casa, mas viu pela janela quando o segurança chegou no carro branco e retornou minutos depois com a moto.


Neide também afirmou que escutou os disparos e a filha gritar “mãe, levei um tiro no peito”. Valéria e Álvaro moraram juntos por cerca de seis meses e tiveram uma filha. A menina tem 3 anos e residia com a operadora de caixa.


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