Roubos e furtos de veículos têm alta na Baixada Santista
Primeiros cinco meses de 2022 tiveram índices maiores do que o mesmo período de 2021
As cidades da Baixada Santista tiveram crescimento de 6,8% e 15% nos roubos e furtos de veículos, respectivamente, nos cinco primeiros meses de 2022, em comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar da alta, o número de ocorrências dos dois crimes somados segue abaixo de 2019, último ano antes da pandemia de covid-19. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).
Entre janeiro e maio deste ano, os nove municípios da região tiveram 344 roubos e 1.131 furtos de veículos. No mesmo período de 2021, foram 322 e 983 ocorrências registradas desses crimes, respectivamente. Na soma total, são 170 casos a mais.
Em relação aos roubos, Itanhaém é a cidade com mais ocorrências registradas neste ano, com 71 ao todo. O mês de janeiro foi o que teve maior número de veículos roubados, com 25, em uma época marcada pela temporada de verão e presença de diversos turistas. A quantidade mais que dobrou em relação ao cinco primeiros meses do ano passado, quando Itanhaém teve 31 roubos a veículos.
São Vicente aparece na sequência, com 68 registros de roubos a veículos entre janeiro e maio deste ano. O número, porém é menor do que no ano passado, quando a cidade teve 76 ocorrências registradas.
Nos furtos de veículos, três cidades puxam a fila com mais de 200 ocorrências registradas. São elas Santos, Praia Grande e São Vicente. Os municípios tiveram 370, 256 e 205 casos notificados, respectivamente.
O maior número de ocorrências em um único mês foi em Praia Grande. Em maio, a cidade teve 92 furtos de veículos registrados - média de aproximadamente três crimes por dia.
Antes e durante a pandemia ; Somados, os cinco primeiros meses de 2022 tiveram 1.475 boletins de ocorrência de roubo e furto de veículos. O total segue abaixo do mesmo período de 2019, último ano antes da pandemia do coronavírus, quando foram registradas 1.733 ocorrências.
Comparando os dois períodos, há uma queda considerável nos roubos, que foram de 638 para 344 - redução de 46%. Em contrapartida, os furtos a veículos subiram 3,2%, indo de 1.095 para 1.131.
Migração de crime
O diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6), responsável pela Polícia Civil na Baixada Santista e no Vale do Ribeira, Gaetano Vergine, explica que o criminoso pode sair de um crime para outro conforme o que julgar melhor.
“Houve uma redução em alguns números, mas o trabalho é constante. O criminoso migra de uma modalidade para outra, às vezes dependendo do custo-benefício, do risco dele ser preso, da ação da polícia. Apostamos muito no trabalho de inteligência, que envolve levantamento dos dados, ação dos criminosos, esclarecimento dos crimes e prisão do criminoso", afirma o delegado.
Operações
O mês de maio foi marcado por várias operações da Polícia Militar na Baixada Santista, em especial a Operação Sufoco, que teve como foco a cidade de Guarujá, alvo de uma onda de crimes nas primeiras semanas. Equipes do Comando de Policiamento de Choque (CPChoque), que inclui a Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), estiveram pela região.
O coronel Gilson Hélio Jesus dos Santos, comandante da Polícia Militar na Baixada Santista, avalia que as operações tiveram efeitos positivos e enaltece a queda nos índices se comparados com o período anterior à pandemia.
"As operações têm surtido um importante efeito. Os números demonstram redução nos crimes de roubos, roubos de veículos, roubo de carga e roubo a banco, que está zerado na nossa região. São crimes que, quando praticados, atentam contra a vida e a integridade física das pessoas", comenta o chefe do Comando de Policiamento do Interior Seis (CPI-6) na Baixada Santista.
