Receita Federal investiga ex-servidor por enriquecimento ilício em Guarujá

Imóveis foram alvos de mandados de busca e apreensão, expedidos pela 10ª Vara Federal Criminal em São Paulo

Por: Por ATribuna.com.br  -  11/11/20  -  11:48
Atualizado em 11/11/20 - 12:03
A investigação foi iniciada pela Receita Federal em 2015
A investigação foi iniciada pela Receita Federal em 2015   Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (11), a Operação Colector, com mandatos de busca e apreensão em endereços no Guarujá. A ação, em conjunto com a Receita Federal e Ministério Público (MP), investiga ex-servidor público por enriquecimento ilícito, improbidade administrativa, corrupção passiva e sonegação fiscal, em conluio com seu grupo familiar. 


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Por determinação da 10ª Vara Federal Criminal em São Paulo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, empresas e residências de pessoas ligadas ao esquema criminoso. As ações ocorreram nas cidades de São Paulo, Sorocaba, Araçoiaba da Serra, Ibiúna e Guarujá. Nomes e endereços não foram revelados pela instituição.  


A Justiça Federal também determinou o sequestro de 133 imóveis e de ativos em contas bancárias, até o limite de R$ 421.175.847,23, e veículos. O valor é equivalente ao patrimônio do ex-servidor construído com indícios de irregularidades. 


A operação contou com a participação de Auditores-Fiscais e Analistas-Tributários da Receita Federal, Procuradores da República e equipes da Polícia Federal. 


Entenda o caso 


A investigação foi iniciada pela Receita Federal em 2015. Além da sonegação de tributos mediante a omissão da verdadeira origem dos recursos auferidos, um sofisticado sistema de lavagem de dinheiro teria sido construído com o uso de 52 empresas, todas com atuação preponderante no ramo imobiliário. 


A criação de tantas empresas visava fragmentar entre elas o patrimônio imobiliário do investigado, dificultando a atuação do Fisco. Para dar aparência de legalidade, uma parte dos tributos incidentes era recolhida. Os recursos eram divididos como supostos lucros lícitos aos sócios. A Receita Federal identificou, inclusive, empresas que distribuíram lucros em valores maiores do que os movimentados em suas contas bancárias. 


A Receita Federal destaca que é incansável no combate a práticas irregulares cometidas dentro de seu quadro funcional, investigando-as com absoluto rigor. A Instituição se mantém fiel ao compromisso de buscar a excelência do serviço público e promover a moralidade administrativa, em respeito à sociedade. 


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