Preso por tráfico tosse de propósito na direção de policiais dentro de delegacia em Praia Grande

Suspeito estava dentro de cela e começou a expelir saliva na direção de policiais que tentavam se aproximar

Por: Eduardo Velozo Fuccia  -  06/05/20  -  21:00
Ocorrência foi apresentada na Delegacia Sede de Praia Grande
Ocorrência foi apresentada na Delegacia Sede de Praia Grande   Foto: Reprodução/TV Tribuna

Em uma espécie de atentado biológico sem armas químicas, um rapaz preso sob a acusação de tráfico de drogas começou a tossir e a expelir saliva de propósito contra os policiais que tentavam se aproximar dele. O episódio ocorreu após o jovem ser colocado em uma cela da Delegacia de Praia Grande, durante a sua autuação em flagrante.


Segundo a delegada Maria Aparecida dos Santos, o autuado demostrou “total menosprezo à função pública e desrespeito à saúde das pessoas, numa época em que infelizmente a covid-19 assola o País e mata principalmente aqueles que estão à frente dos serviços essenciais colocados à disposição da sociedade”.


O suspeito, de 22 anos, demonstrava bastante agitação e estar sob aparente efeito de entorpecente. Ele também esmurrou e chutou o xadrez, bem como xingou os policiais de “corruptos e safados”. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e ministrou medicação ao rapaz para acalmá-lo.


Cocaína e maconha


Equipe do 2º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) realizava patrulhamento de rotina e suspeitou do rapaz, por volta das 23h30 de segunda-feira. Ele dirigia um Peugeot Soleil 206 cinza, parou em um semáforo da Avenida Ministro Marcos Freire, no Antártica, e desviou o olhar dos PMs, despertando desconfiança.


Os policiais decidiram abordá-lo e encontraram no assoalho do banco traseiro do carro uma mochila contendo 448 cápsulas de cocaína, 22 filetes de maconha e balança de precisão. Informalmente, conforme os PMs, ele confessou que entregaria as drogas para alguém revendê-las na Vila Sônia.


O nome da pessoa que receberia os entorpecentes não foi revelado pelo suspeito. Na delegacia, antes que se rebelasse dentro da cela, o rapaz não indicou parentes ou advogado para serem avisados sobre a sua prisão. A delegada Maria Aparecida o autuou pelos crimes de tráfico e desacato.


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