Em uma espécie de atentado biológico sem armas químicas, um rapaz preso sob a acusação de tráfico de drogas começou a tossir e a expelir saliva de propósito contra os policiais que tentavam se aproximar dele. O episódio ocorreu após o jovem ser colocado em uma cela da Delegacia de Praia Grande, durante a sua autuação em flagrante.
Segundo a delegada Maria Aparecida dos Santos, o autuado demostrou “total menosprezo à função pública e desrespeito à saúde das pessoas, numa época em que infelizmente a covid-19 assola o País e mata principalmente aqueles que estão à frente dos serviços essenciais colocados à disposição da sociedade”.
O suspeito, de 22 anos, demonstrava bastante agitação e estar sob aparente efeito de entorpecente. Ele também esmurrou e chutou o xadrez, bem como xingou os policiais de “corruptos e safados”. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e ministrou medicação ao rapaz para acalmá-lo.
Cocaína e maconha
Equipe do 2º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) realizava patrulhamento de rotina e suspeitou do rapaz, por volta das 23h30 de segunda-feira. Ele dirigia um Peugeot Soleil 206 cinza, parou em um semáforo da Avenida Ministro Marcos Freire, no Antártica, e desviou o olhar dos PMs, despertando desconfiança.
Os policiais decidiram abordá-lo e encontraram no assoalho do banco traseiro do carro uma mochila contendo 448 cápsulas de cocaína, 22 filetes de maconha e balança de precisão. Informalmente, conforme os PMs, ele confessou que entregaria as drogas para alguém revendê-las na Vila Sônia.
O nome da pessoa que receberia os entorpecentes não foi revelado pelo suspeito. Na delegacia, antes que se rebelasse dentro da cela, o rapaz não indicou parentes ou advogado para serem avisados sobre a sua prisão. A delegada Maria Aparecida o autuou pelos crimes de tráfico e desacato.