Policiais 'fakes' simulam diligência e assaltam casa de vendedora de lingeries no litoral Sul

Trio fantasiado de policial civil realizou a prática criminosa em Mongaguá

Por: Eduardo Velozo Fuccia  -  01/10/20  -  11:10
Candidatos apresentam proposta para o fomento da Cultura em Mongaguá
Candidatos apresentam proposta para o fomento da Cultura em Mongaguá   Foto: Divulgação/Prefeitura de Mongaguá

Três falsos policiais civis simularam uma diligência para assaltar uma casa em Mongaguá. O roubo aconteceu no dia 26 de agosto, mas só foi registrado na delegacia do município na última segunda-feira (28) à noite. Vendedora autônoma de roupas íntimas femininas, a moradora do imóvel disse que os agentes fakes levaram R$ 3 mil e ainda acharam pouco.


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"Não viemos de tão longe para pegar essa merreca”, afirmou um deles, antes de prometer voltar em duas semanas para buscar mais R$ 15 mil.


Segundo a vítima, os supostos investigadores bateram palmas na frente da residência e a chamaram pelo nome. Ao atendê-los no portão, a mulher foi empurrada e os homens disseram que estavam ali para cumprir “mandado de busca e apreensão”.


A suposta ordem judicial não foi exibida, mas os falsos policiais ostentavam distintivos da Polícia Civil. A porta foi trancada por dentro pelo trio, que mandou a vendedora ficar calada. Na moradia também estavam os filhos dela, de 24 e 13 anos de idade.


Um dos criminosos ficou vigiando as vítimas na sala, enquanto os demais passaram a vasculhar a casa em busca de valores. Dentro de uma gaveta que estava trancada com chave, os desconhecidos pegaram R$ 3 mil.


De acordo com a moradora, o dinheiro estava reservado para ela comprar lingeries na região central de São Paulo para revender. A mulher contou que, desde o início da pandemia do novo coronavírus, não vai à Capital buscar mercadorias e ficou com as suas atividades comerciais comprometidas.


“Parte do delegado”
Segundo ela, insatisfeitos com o valor arrecadado, os falsos policiais mandaram ela “se virar” para providenciar mais R$ 15 mil em duas semanas, pois esta seria a “parte do delegado”. Os criminosos fugiram em seguida, dizendo à vítima que ela ainda precisaria se mudar de endereço após entregar a segunda quantia exigida.


Os desconhecidos não retornaram, mas no último sábado (26) mandaram mensagem por WhatsApp para a vítima e cobraram os R$ 15 mil.


Os agentes fakes disseram que enviariam nova mensagem para informar à vítima o número da conta a ser depositado o dinheiro, mas ela compareceu antes à Delegacia de Mongaguá. O delegado Francisco Wenceslau registrou o roubo e checa o número de celular prefixo 11 usado no envio da mensagem de WhatsApp. Um dos falsos policiais foi descrito como branco, magro, baixo e com cerca de 50 anos. Outro aparenta 45 anos, é alto e tem cabelos grisalhos. O terceiro aparenta 30 anos e mede cerca 1,65 metro.


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