Polícia Federal faz a maior apreensão de madeira ilegal da história

Volume apreendido daria para construir 2.620 casas populares. São 43,7 mil toras de madeira nativa

Por: Por ATribuna.com.br  -  22/12/20  -  08:33
Atualizado em 22/12/20 - 08:37
Segundo a Polícia Federal, 43,7 mil toras de madeira nativa foram apreendidas no Pará
Segundo a Polícia Federal, 43,7 mil toras de madeira nativa foram apreendidas no Pará   Foto: Divulgação/Exército Brasileiro

A Polícia Federal divulgou nesta segunda-feira (21), que fez a maior apreensão de madeira nativa da história. Policiais localizaram 43,7 mil toras em vários pontos desmatados no Pará ao longo dos rios Mamuru e Arapiuns. 


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O volume de madeira apreendida é estimado em 131 mil metros cúbicos, suficiente para a construção de 2.620 casas populares. Segundo o Ministério Público Federal do Amazonas, esse volume pode ser ainda maior.


O cálculo da apreensão é preliminar e considerado conservador pela PF. Haverá uma perícia mais apurada nos próximos dias com o apoio do Exército, no marco da Operação Verde Brasil 2. 


As investigações começaram após a apreensão, em meados de novembro, de uma balsa em Parintins, município amazonense que faz fronteira com o Pará. A embarcação tinha 3 mil metros cúbicos de madeira extraídos em terras paraenses.


Imagens de satélite e sobrevoos de helicóptero levaram a Polícia Federal aos locais onde foram encontradas as toras de madeira.


De acordo com o procurador da República Leonardo Galiano, responsável pelo caso, agora o resgate de toda a madeira será feito em colaboração com o Exército. Galiano disse que a madeira desmatada seguiria para fora do país.


“Madeira de alto valor agregado, como Ipê e outras também impactadas com essa exploração ilegal.  A apreensão agora vai ser feita com apoio das Forças Armadas, em decorrência dos trabalhos da Operação Verde Brasil 2”.


A operação divulgada nessa segunda-feira foi chamada de Handroanthus GLO, que faz referência ao nome científico do Ipê. Segundo o MPF, a espécie é a mais explorada da região amazônica. O nome da operação também faz referência ao decreto presidencial que autorizou a atuação das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem, para o combate ao desmatamento ilegal e a focos de incêndio na Amazônia.


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