Um acupunturista de 34 anos ofereceu um doce de maconha a uma pedagoga com quem manteve relação sexual. Ela passou mal e surtou após consumi-lo, sendo atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém. A Polícia Civil apura eventual estupro de vulnerável – aquele em que o autor se aproveita da impossibilidade, por qualquer causa, de a vítima resistir. O crime é punível com reclusão de oito a 15 anos.
Maria (nome fictício) tem 33 anos e é solteira. Moradora em São Paulo, ela conheceu João (nome fictício), também solteiro e residente na Capital, por meio de um aplicativo de relacionamentos. Por volta das 21h30 de sábado (26), o casal passava de carro pela orla da praia de Cibratel II, em Itanhaém, e a mulher, passageira do veículo, pediu socorro a policiais militares que estavam parados em uma viatura.
Motorista do automóvel, o acupunturista parou em seguida. Ouvida em separado, Maria contou que combinou encontro com João pelo aplicativo às 18h30 e eles mantiveram relação sexual consentida.
Depois, o homem a levou até um quiosque na praia, onde ela ingeriu um suco preparado na hora e na sua frente. Porém, o homem saiu para buscar um cookie à base de maconha que ele mesmo disse ter elaborado.
A mulher aceitou o doce e, momentos depois, afirmou que começou a passar mal. Ela pediu para João levá-la para casa e justificou o pedido de socorro aos PMs por considerar que o acupunturista estava “dando voltas demais” e poderia estar sendo vítima de um golpe. Os policiais encaminharam a mulher à UPA, onde ela teve um surto e chegou a cair. Maria foi medicada e liberada.
João confirmou a versão da mulher, mas garantiu que a levava para casa no momento da abordagem. No entanto, o delegado Edinilson Mattos, da Delegacia Seccional de Itanhaém, decidiu registrar boletim de ocorrência para investigar eventual estupro de vulnerável, porque Maria modificou o seu relato na repartição policial. Ela declarou que o consumo do cookie de maconha ocorreu antes da relação sexual.