Polícia apreende 35,5 toneladas de peixes em fábrica clandestina em Mongaguá

Mandado de busca e apreensão foi expedido na quarta-feira (23) e gerente do local foi presa

Por: Eduardo Velozo Fuccia  -  24/10/19  -  20:50
Atualizado em 24/10/19 - 20:54
Polícia apreende 35,5 toneladas de peixes em fábrica clandestina em Mongaguá
Polícia apreende 35,5 toneladas de peixes em fábrica clandestina em Mongaguá   Foto: Divulgação/Polícia Civil

Uma fábrica clandestina de industrialização de pescados foi descoberta por policiais da Delegacia de Mongaguá. Eles apreenderam no local cerca de 35,5 toneladas de peixes, sendo a maioria sardinha. A gerente da empresa foi presa e recolhida à cadeia.


A partir de informações sobre a atividade ilegal de uma fábrica na Rua São Lourenço, 488, na Chácara Itaguaí, o delegado Luiz Antônio Pereira requereu à Justiça autorização para vistoriá-la e recolher tudo o que houvesse de irregular.


A equipe do investigador Alexandre dos Santos cumpriu o mandado de busca e apreensão na quarta-feira (23). As 35,5 toneladas de pescados estavam em 21 tanques. O produto se encontrava imerso em uma substância líquida misturada a sal.


O produto se encontrava imerso em uma substância líquida misturada a sal
O produto se encontrava imerso em uma substância líquida misturada a sal   Foto: Divulgação/Polícia Civil

“A sardinha apresentava forte odor e aspecto de não estar apta para o consumo”, detalha Alexandre. Além do pescado, também foram apreendidos 171 sacos de sal, totalizando 4.275 quilos, e aproximadamente 2,5 toneladas de peixe acondicionadas em 469 potes de diversos tamanhos.


Outros órgãos


Os policiais civis acionaram o Instituto de Criminalística para periciar a fábrica ilegal, cujas instalações são “precárias”, sem ventilação e com telhado baixo de amianto, conforme descreveram.


Para a adoção das providências administrativas cabíveis, como imposição de multas, lacração da fábrica e descarte dos pescados, uma representante da Vigilância Sanitária municipal e um auditor fiscal federal agropecuário também compareceram ao local, a pedido da Polícia Civil.


Policiais civis acionaram o Instituto de Criminalística para periciar a fábrica ilegal com instalações precárias
Policiais civis acionaram o Instituto de Criminalística para periciar a fábrica ilegal com instalações precárias   Foto: Divulgação/Polícia Civil

O auditor agropecuário determinou o descarte do produto, por estar impróprio ao consumo. A Prefeitura de Mongaguá forneceu caminhão e funcionários para levar o pescado até um aterro sanitário em São Paulo.


Flagrante


Por exercer posição de comando sobre os empregados da fábrica que ali trabalhavam no momento da operação policial e ter ciência das irregularidades do local, a gerente Andreia Gonzaga de Lucena, de 42 anos, foi autuada em flagrante pelo delegado.


Luiz Pereira enquadrou a acusada por crime contra as relações de consumo, que é punível com detenção de dois a cinco anos. O dono da fábrica não foi encontrado e se livrou da prisão em flagrante, mas também deverá responderá pelo delito.


Fábrica clandestina de industrialização de pescados foi descoberta por policiais da Delegacia de Mongaguá
Fábrica clandestina de industrialização de pescados foi descoberta por policiais da Delegacia de Mongaguá   Foto: Divulgação/Polícia Civil

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