PM confirma fim de base fixa em Santos, mas fará encontros com comunidade

Data da extinção de unidade comunitária do Canal 2 será debatida com moradores

Por: Sheila Almeida & Da Redação &  -  17/04/19  -  01:26
Base comunitária do Campo Grande fica em imóvel alugado por R$ 6,2 mil mensais
Base comunitária do Campo Grande fica em imóvel alugado por R$ 6,2 mil mensais   Foto: Carlos Nogueira/ AT

A base comunitária da Polícia Militar do Campo Grande, na Avenida Bernardino de Campos, 440 (Canal 2), em Santos, não tem data para ser fechada. Mas não vai demorar.


Após reunião com moradores, comerciantes e outros interessados, na segunda-feira (15), o major da PM César Augusto Sampaio Terra, comandante do 6º Batalhão de Policiamento Militar do Interior (6º BPM/I), disse que a data dependerá de mais reuniões com a comunidade. Os encontros serão às quartas-feiras, às 10h, na base.


Antes, a promessa era de entregar o imóvel em um mês. Ele é alugado por R$ 6,2 mil mensais, pagos pela prefeitura.


Nas reuniões de quarta e, em data a combinar, na Unidade Municipal de Ensino (UME) Barão do Rio Branco, a PM quer definir com a população os pontos onde estacionará a nova base móvel da PM.


Também levando em conta as estatísticas de criminalidade, a polícia substituirá o imóvel alugado “para que a gente consiga uma ostensividade maior”, segundo o comandante.


Em 1h30 de discussão, cerca de 15 pessoas demonstraram insatisfação com a saída da base. Primeiro, por alegar insegurança. Depois, pela perda da proximidade com a polícia e da biblioteca pública e de outros programas sociais.


O capitão da PM Antônio Marcos da Conceição, comandante da 5ª Companhia, apresentou números de produtividade policial para mostrar que não é necessária uma base fixa. Explicou que a decisão foi de cunho operacional.


“Hoje, estamos fazendo tudo o que podemos. O serviço administrativo não diminuiu. A gente está tentando, ao máximo, colocar o policial na rua para a população não sentir a falta de policiamento. Essa questão de trocar ferramenta fixa [por móvel] vai otimizar o recurso”, informou.


Cobrança


A vereadora Audrey Kleys (PP), que organizou o encontro, resumiu o sentimento dos participantes.


“Vocês deveriam ter mais policiais, mais viaturas. Não deveríamos estar perdendo esta base. Deveríamos ter outra base móvel com esta aqui, fixa. Enquanto isso, vamos perdendo. Aí, o capitão da PM tem que fazer gestão porque o Governo do Estado fica na economia. A culpa não é sua, capitão. O senhor ainda está fazendo de um modo que a gente não consiga sentir o prejuízo”, falou.


O major declarou que, mesmo com a perda da unidade fixa, a segurança não será reduzida.


“Aumenta a segurança. Há uma ostensividade maior, porque a base não fica estática num mesmo local”, falou, apontando para a rua e dizendo que, pelo vidro, a polícia só vê três prédios do outro lado da rua. “Expliquei que, no horário da saída da escola, a base poderá ir para lá e apoiar. A comunidade vai verificar os pontos de interesse para definir os locais de estacionamento da base com a gente”.


Logo A Tribuna
Newsletter