PF e Receita interceptam carga com 198 kg de cocaína no Porto de Santos
Droga seria exportada para o porto italiano de Gioia Tauro, na região da Calábria. Ninguém foi preso
Berço e base da N’Drangheta, a máfia mais poderosa do mundo atualmente, a Calábria, no Sul da Itália, receberia 198 kg de cocaína que sairiam do Porto de Santos.
A droga só não chegou ao destino, mais precisamente no porto italiano de Gioia Tauro, porque operação da Receita Federal e Polícia Federal a encontrou antes, na tarde desta sexta-feira (1º).
A cocaína ainda não estava embarcada no navio. Ela se encontrava oculta dentro de um contêiner carregado com sacas de café em grãos torrados. O cofre de carga foi inspecionado no pátio de um terminal do Porto de Santos. A vistoria contou com uso de escâner e o auxílio de cães farejadores.
Por enquanto, ninguém foi preso. As suspeitas são de que o entorpecente foi introduzido no contêiner sem a ciência de exportadores e importadores. Esse técnica criminosa é conhecida como “rip-on/rip-off”.
O destino final do café é a Suíça. Porém, como o navio fará baldeação em Gioia Tauro, suspeita-se que a cocaína seria retirada do contêiner na escala do cargueiro na Itália.
Depois que o Primeiro Comando da Capital (PCC) estendeu os seus tentáculos aos países sul-americanos produtores de cocaína, como Bolívia, Peru e Colômbia, a N’Drangheta se associou à facção criminosa brasileira para importar a droga para a Europa.
Segundo a Receita Federal, neste ano, em 41 ações realizadas no Porto de Santos, foram apreendidas 19 toneladas de cocaína. Em 2018, 46 operações de repressão ao narcotráfico internacional resultaram na interceptação de 23,1 toneladas da droga.
