O pedreiro Antonio Ferreira, suspeito de ter assassinadoa advogada criminalista Marleni Fantinel Ataíde Reis, de 68 anos, e o marido dela, Márcio Ataíde Reis, na tarde do último sábado (3), em Peruíbe, teria ameaçado a vítima de morte um mês antes do crime.
A advogada passava o fim de semana com o marido em uma chácara na área rual da Cidade, quando o casal teria sido surpreendido pelo assassino. De acordo com o boletim de ocorrência, que citou informações relatadas pela vítima, Antonio Ferreira Silva entrou na casa e, primeiro, matou Márcio, com um tiro de espingarda nas costas. Depois, foi até Marleni e a atingiu nove vezes com um facão, antes de fugir.
Marleni registrou um boletim de ocorrência contra o pedreiro em 4 de outubro deste ano, em Peruíbe. No documento policial, a advogada relatou que foi vítima de ameaça e injúria por causa de uma ação judicial vencida contra o suspeito, em que Antonio teriade pagar R$ 2 mil por danos morais, além de estar sujeito à multa de R$ 100 por dia, em caso de descumprimento da decisão.
A vítima ainda informou que o pedreiro havia dito que daria um tiro em sua cabeça, além de chamá-la de "lixo" e "vagabunda", entre outras palavras de baixo calão. Ele ainda teria acusado Marleni de ter sido mandante de um assassinato.
Ao informar que iria até a delegacia registrar um boletim de ocorrência contra ele, o suspeito teria feito nova ameaça, ordenando que a advogada voltasse porque ele iria buscar a arma.
Relatos de ameaças por parte do pedreiro já haviam sido reveladospor uma das filhas da vítimae confirmado pelo advogado da família, Enio Pestana, mas sem a revelação do conteúdo.
Buscas seguem
As buscas por Antonio Ferreira seguem na região rural de Peruíbe. Segundo o delegado titular da Delegacia Sede da cidade, Marcos Roberto da Silva, em entrevista para aTV Tribuna, testemunhas teriam dito que ele foi visto saindo do local segurando uma espingarda, com a roupa ensanguentada e confessado o crime.
Enio Pestana já realizou um pedido para que a unidadeComandos e Operações Especiais (COE) seja chamado para auxiliar na captura do suspeito. O COE é uma unidade de elite da Polícia Militar de São Paulo que atua em operações de alto risco.
A morte de Marleni também mobilizou um grupo de advogados, em umainiciativa do advogado Dave Prada, conselheiro estadual da OAB,que visa a criação de uma lei que visa proteger os profissionais da área.