O padrasto e a mãe de Anthony Daniel de Andrade Moraes, de um ano e três meses, foram presos em flagrante na madrugada desta segunda-feira (6) sob suspeita de homicídio e falso testemunho, em Praia Grande. O bebê foi encontrado morto em casa com marcas de mordidas e diversas fraturas e hematomas pelo corpo.
Em depoimento, o padrasto,Ronaldo Silvestrini Junior, de 22 anos, afirma que estava em casa com a criança enquanto a mãe,Giulia de Andrade Candido, de 21 anos, trabalhava. Ele teria dado mamadeira e colocado Anthony para dormir. A mãe alega ter chegado em casa por volta das 20h, mas saiu em seguida para comprar comida. No retorno à residência, ela diz ter dado a janta para o filho mais velho e, por volta das 23h30, foi até o quarto de Anthony, quando percebeu que a criança já estava morta.
A família, então, levou a vítima para a UPA Samambaia, onde foram questionados sobre as lesões pelo corpo do bebê. Segundo boletim de ocorrência, a criança apresentava fraturas no crânio, tórax, clavícula, nariz e mandíbula, diversas lesões nas costas, secreção de sangue no ouvido direito, além de hematomas na testa e rosto.
O padrasto alegou que as mordidas tinham sido dadas por um filhote de cachorro com o qual a criança brincava durante a tarde. A pediatra, no entanto, alegou que as mordidas eram humanas. O filho de cinco anos da mulher, também enteado do indiciado, foi acusado pela mãe de ter dado as mordidas no irmão. A criança, no entanto, negou e disse que quem deu as mordidas no bebê foi o padrasto.
Quando revistado na delegacia, o homem portava eppendorfs de cocaína usados, que foram apreendidos. O casal foi indiciado, ele por homicídio triplamente qualificado, e ela por falso testemunho sob fiança de 10 salários mínimos. O filho mais velho foi abrigado pelo Conselho Tutelar de Praia Grande.