Paciente relata agressão de dois seguranças em hospital de Praia Grande

O caso foi registrado na tarde desta segunda (10) no 1º DP de Praia Grande. Hospital nega violência e acusa o homem

Por: Por ATribuna.com.br  -  11/08/20  -  23:17
Vítima foi encaminhada ao Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, mas morreu horas depois
Vítima foi encaminhada ao Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, mas morreu horas depois   Foto: Arquivo/AT

O vigilante Bergman Willian Alcântara, de 35 anos, afirma ter sido agredido por dois seguranças do Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande. A violência teria ocorrido após a vítima ter reclamado da demora no atendimento, na madrugada desta segunda-feira (10). A direção do complexo hospitalar nega qualquer atitude truculenta da equipe de apoio e afirma que o acusante apresentava "sinais claros de extrema agitação e agressividade”. 


Sob natureza de lesão corporal, o caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Praia Grande, na tarde desta segunda-feira (10). Acompanhada de duas advogadas, a vítima compareceu à unidade policial para fazer exames.


Conforme a versão do rapaz, apresentada à Polícia Civil, ele se dirigiu ao hospital em busca de um tratamento para inflamação no dedo. Devido à demora no atendimento, outro paciente teria batido na porta do profissional que estava em plantão. A cena teria chamado atenção da equipe de segurança do complexo hospitalar. 


Ainda conforme a versão do boletim de ocorrência, dois seguranças do hospital o encaminharam até uma sala, palco das agressões recebidas pelo denunciante. Alcântara sustenta que um dos membros da equipe da unidade o segurou, enquanto o segundo desferia golpes em todo seu corpo. Ele sustenta que um enfermeiro teria segurado a porta dessa repartição, evitando socorro por parte dos demais pacientes que buscaram atendimento médico, naquela ocasião.


Alcântara diz ter ferimentos gerados peloa agressão por todo o corpo. “Eles (seguranças do hospital) se aproveitaram que eu estava debilitado para me agredir. Foi mais que covardia, foi desumano. Eu não fiz nada”, afirmou a vítima, para o G1.


A direção do hospital diz ter acionado a Polícia Militar para atender o caso de desinteligência provocada pelo paciente. Segundo o complexo médico, ele teria tentado fugir do local assim que a PM chegou à unidade. A corporação não fez o registro da abordagem. Questionada por ATribuna.com.br, a PM não havia se posicionado até a publicação dessa reportagem. 


Em nota, a Secretaria de Saúde de Praia Grande sustenta que a unidade é administrada pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM). Contudo, o poder público afirma “acompanhar o caso para certificar que todas as medidas necessárias sejam tomadas pela gestora”. 


A direção do Hospital Municipal Irmã Dulce nega que houve de agressão ao paciente. Em nota, a unidade diz que o vigilante deu entrada na unidade “apresentando sinais claros de extrema agitação e agressividade”.  


O comunicado assegura que, apesar de ele ter sido "prontamente atendido e encaminhado para assistência médica”, o homem continuou “a demonstrar sinais de descontrole, inclusive desferindo fortes golpes na porta de um consultório médico. Foi necessário até que controladores de acesso se dirigissem ao local, para evitar que o mesmo agredisse uma médica”.  


Ainda conforme o hospital, após receber a medicação prescrita na avaliação clínica, ‘o rapaz continuou a proferir agressões verbais despropositadas à equipe local, tentando, na sequência, agredir fisicamente alguns colaboradores, sendo contido pela equipe da unidade”.   


A nota afirma que o caso continua em apuração. “O hospital repudia qualquer tipo de conflito interpessoal, reforçando constantemente a seus profissionais orientações para que tratem pacientes e acompanhantes com cordialidade e respeito, seguindo os protocolos institucionais, para que, em qualquer situação em que haja necessidade, a Polícia Militar seja acionada", finaliza.


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