A Polícia Federal realizou, na manhã desta quinta-feira (23), uma operação para desarticular uma quadrilha que realizava tráfico de animais silvestres em Minas Gerais e São Paulo. Em Guarujá, a operação Urutau teve como alvo uma casa que escondia bichos destinados à venda ilegal. A ação faz parte de uma série de cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão domiciliares e 14 mandados de prisão cautelar.
Na residência, localizada na Rua Paulo Fabris, na Vila Lygia, equipes da Polícia Federal, em parceria com o Ibama, a Polícia Militar Ambiental de São Paulo e o Ministério Público Federal, encontraram aves silvestres, macacos-pregos, papagaios, além de armas de fogo e dinheiro em espécie.
Ao todo, foram apreendidos 80 pássaros de espécies variadas, 215 tartarugas-tigre-d'água, 14 hamsters e 3 iguanas, além de um macaco-prego.
Os animais apreendidos foram encaminhados à 1ª Companhia do 3º Batalhão da Polícia Ambiental de Guarujá. Posteriormente, eles devem ser levados para os parques Ecológico do Tietê e Anhanguera, e o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, em Lorena.
Segundo a Polícia Federal, os traficantes utilizavam notas fiscais falsificadas ou sem emissão de documento fiscal, e também ofereciam animais à venda em redes sociais e sites na internet, se tratando de tráfico interestadual, abrangendo estados como São Paulo, Goiânia, Mato Grosso, Minas Gerais e Pará.
Ainda de acordo com a PF, os suspeitos serão indiciados por crimes como associação criminosa, falsificação de documento público, receptação qualificada, e crimes ambientais de maus-tratos, caça e comercialização de animais silvestres. A operação recebe o nome de Urutau, aves noturnas que utilizam sua plumagem para se camuflar e se esconder de predadores.