Médico acusado de dirigir bêbado atropela professora e paga fiança

Picape guiada por ele atingiu três carros e uma mulher que corria pela orla de Santos domingo (23)

Por: Eduardo Velozo Fuccia & Da Redação &  -  25/06/19  -  13:52
Carros batidos na Avenida Bartolomeu de Gusmão chamaram atenção de quem passava pela Praia do Embaré
Carros batidos na Avenida Bartolomeu de Gusmão chamaram atenção de quem passava pela Praia do Embaré   Foto: Divulgação

Suspeito de dirigir embriagado uma picape Fiat Toro, atingir três carros, dois dos quais estacionados, e atropelar uma professora de Educação Física, causando-lhe fraturas, um médico, de 33 anos, foi liberado após pagar fiança de R$ 3.500.


O acidente aconteceu por volta das 6h de domingo (23), na Avenida Bartolomeu de Gusmão, em frente aos quiosques de lanches da Praia do Embaré. A professora Marilize Vanessa Pedroso Pereira, de 37 anos, corria no sentido Gonzaga.


Com fraturas em quatro partes do quadril esquerdo, a vítima está internada no Hospital São Lucas e será submetida a cirurgia na próxima segunda-feira. Até segunda-feira (24), ela não havia sido procurada pelo médico. “Ninguém nos procurou”, disse Edney Batista, também professor de Educação Física e marido de Marilize.


Colisões em série


PMs que realizaram patrulhamento de rotina pela orla foram acionados para verificar um acidente de trânsito no Embaré e se depararam com o médico aparentemente embriagado.


Os agentes apuraram que ele saiu da faixa de areia dirigindo a picape e colidiu em um Renault Logan na Bartolomeu de Gusmão. Na sequência, o médico bateu seu veículo em uma Nissan Frontier estacionada.


Por fim, a Toro acertou um Chevrolet Meriva também estacionado e “imprensou” a professora entre esses dois veículos. A vítima não pôde prestar depoimento porque foi levada ao Hospital São Lucas.


A pedido da Polícia Civil, o motorista da picape foi examinado no Instituto Médico-Legal (IML) de Santos. Laudo assinado pelo médico legista José Luiz Colmenero atestou resultado positivo para embriaguez e ele recebeu voz de prisão. A Tribuna telefonou na segunda-feira à tarde à residência do acusado, mas ele não estava e nem retornou à ligação.


Autuado em flagrante na Central de Polícia Judiciária (CPJ) por embriaguez ao volante e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, o médico pagou R$ 3.500 de fiança para responder pelos delitos em liberdade.


Em dezembro de 2017, a Lei 13.546 elevou para dois a cinco anos de reclusão a pena de quem, sob efeito de álcool, causa lesão corporal grave ou gravíssima na direção de veículo automotor. Apesar do agravamento da legislação, que ainda tornou o delito inafiançável, o médico contou com a benesse de ser solto com fiança.


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