Suspeito de dirigir embriagado uma picape Fiat Toro, atingir três carros, dois dos quais estacionados, e atropelar uma professora de Educação Física, causando-lhe fraturas, um médico, de 33 anos, foi liberado após pagar fiança de R$ 3.500.
O acidente aconteceu por volta das 6h de domingo (23), na Avenida Bartolomeu de Gusmão, em frente aos quiosques de lanches da Praia do Embaré. A professora Marilize Vanessa Pedroso Pereira, de 37 anos, corria no sentido Gonzaga.
Com fraturas em quatro partes do quadril esquerdo, a vítima está internada no Hospital São Lucas e será submetida a cirurgia na próxima segunda-feira. Até segunda-feira (24), ela não havia sido procurada pelo médico. “Ninguém nos procurou”, disse Edney Batista, também professor de Educação Física e marido de Marilize.
Colisões em série
PMs que realizaram patrulhamento de rotina pela orla foram acionados para verificar um acidente de trânsito no Embaré e se depararam com o médico aparentemente embriagado.
Os agentes apuraram que ele saiu da faixa de areia dirigindo a picape e colidiu em um Renault Logan na Bartolomeu de Gusmão. Na sequência, o médico bateu seu veículo em uma Nissan Frontier estacionada.
Por fim, a Toro acertou um Chevrolet Meriva também estacionado e “imprensou” a professora entre esses dois veículos. A vítima não pôde prestar depoimento porque foi levada ao Hospital São Lucas.
A pedido da Polícia Civil, o motorista da picape foi examinado no Instituto Médico-Legal (IML) de Santos. Laudo assinado pelo médico legista José Luiz Colmenero atestou resultado positivo para embriaguez e ele recebeu voz de prisão. A Tribuna telefonou na segunda-feira à tarde à residência do acusado, mas ele não estava e nem retornou à ligação.
Autuado em flagrante na Central de Polícia Judiciária (CPJ) por embriaguez ao volante e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, o médico pagou R$ 3.500 de fiança para responder pelos delitos em liberdade.
Em dezembro de 2017, a Lei 13.546 elevou para dois a cinco anos de reclusão a pena de quem, sob efeito de álcool, causa lesão corporal grave ou gravíssima na direção de veículo automotor. Apesar do agravamento da legislação, que ainda tornou o delito inafiançável, o médico contou com a benesse de ser solto com fiança.