Ladrão finge querer ajudar e furta celular de mulher acidentada em Santos

Vítima havia caído de motocicleta no José Menino, quando teve seu celular furtado por homem que ofereceu solidariedade

Por: Eduardo Velozo Fuccia  -  22/03/20  -  20:50
Delegado João Octávio de Mello, CPJ, o autuou em flagrante por furto qualificado
Delegado João Octávio de Mello, CPJ, o autuou em flagrante por furto qualificado   Foto: Arquivo

Bandidagem disfarçada de solidariedade. Ao se aproximar de uma vítima de acidente de trânsito com o suposto propósito de ajudá-la, um homem a convenceu a abrir a bolsa e pegar o celular para algum familiar dela ser avisado. Ferida e sentada no meio-fio, a mulher que havia acabado de cair de sua moto concordou. Foi o suficiente para ele tomar o aparelho e fugir. Dois populares detiveram o ladrão momentos depois. Procurado da Justiça, ele está condenado a 13 anos e seis meses de reclusão.


O caso aconteceu na sexta-feira (20) à noite, em Santos. Uma farmacêutica de 36 anos pilotava a sua Honda CG 125 pela Avenida Presidente Wilson, no José Menino, e caiu após o veículo derrapar. Ferida nas pernas, ela sentou-se no meio-fio à espera de socorro. Algumas pessoas se aproximaram para auxiliá-la, entre elas Luiz Fernando de Oliveira Santos, de 39 anos. Com o argumento de que poderia ligar para algum parente da vítima, ele a convenceu a pegar o celular na bolsa.


Mal a bolsa foi aberta, Luiz Fernando pegou celular e correu do calçadão da orla até a faixa de areia. Dois homens o perseguiram e o capturaram, recuperando o aparelho. Conduzido à Central de Polícia Judiciária (CPJ), o bandido foi autuado em flagrante por furto pelo delegado Marcelo Gonçalves da Silva e recolhido à cadeia. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) levou a farmacêutica à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, sendo ela medicada e liberada.


Tiros e paraplegia


Pesquisa de antecedentes revelou que o Tribunal do Júri de Atibaia (SP) condenou Luiz Fernando por dupla tentativa de homicídio qualificado, sendo-lhe aplicada pena de 13 anos e seis meses, em regime inicial fechado. O julgamento ocorreu no dia 16 de abril do ano passado, mas o crime foi cometido em 8 de maio de 2003 contra dois homens, que são irmãos. As vítimas foram baleadas e uma delas ficou paraplégica. O réu se irritou porque a sua namorada foi cumprimentada pelo homem que perdeu os movimentos.


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