Justiça condena dupla a 11 anos de prisão por tráfico de drogas em Santos

Acusados estão associados a preparação e distribuição de drogas na cidade

Por: Eduardo Velozo Fuccia & Da Redação &  -  11/01/20  -  13:11
Drogas, balanças e materiais foram apreendidos pela polícia
Drogas, balanças e materiais foram apreendidos pela polícia   Foto: Divulgação/Polícia Civil

Dois homens acusados de se associarem para preparar drogas e traficá-las foram condenados a 11 anos de reclusão, em regime inicial fechado, pelo juiz José Romano Lucarini, da 1ª Vara Criminal de Santos.


Com os réus e em uma casa que eles alugaram no Morro da Nova Cintra, policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) apreenderam 8,9 kg de maconha, 5,6 kg de haxixe, quatro balanças e materiais para preparar e embalar entorpecentes.


Kaique Campos Calixto e Daniel Milton da Silva Diniz foram presos em flagrante no dia 11 de junho de 2019. O magistrado lhes negou a possibilidade de recorrer da sentença em liberdade. Em juízo, eles alegaram inocência.


Os investigadores prenderam inicialmente Kaique. Ele estava de carro e foi abordado em outro bairro com a chave da casa do morro. Na sequência, houve a captura de Daniel dentro da moradia do Nova Cintra.


É primo, mas não conhece


Preparação das drogas era feita em uma moradia no Morro da Nova Cintra
Preparação das drogas era feita em uma moradia no Morro da Nova Cintra   Foto: Divulgação/Polícia Civil

Daniel disse que foi ao local para comprar entorpecentes, pois é usuário. Ele também alegou não conhecer Kaique, de quem é primo. “Se Daniel estivesse coberto pelo manto da verdade, não precisaria mentir em seu interrogatório”, destacou Lucarini.


Relacionada pela defesa para depor como testemunha, uma líder comunitária que mora no Nova Cintra há 25 anos declarou que nunca ouviu falar de tráfico no morro. Inúmeras apreensões de drogas e prisões relacionadas à sua venda já ocorrem naquela área.


De acordo com o magistrado, “até a jurisprudência reconhece o notório temor que impera no mundo das drogas, quanto à violência com que os traficantes tratam as testemunhas que contra eles prestam os seus depoimentos”.


Os advogados dos réus colocaram em xeque a versão dos policiais, mas para Lucarini ela é “perfeitamente idônea e apta a conduzir a uma condenação”. O juiz assinalou que “Daniel e Kaique não são meros usuários, não. São traficantes e estão associados”.


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