Idoso atira no peito da esposa e alega que só quis dar um susto no litoral de SP

Autuado em flagrante por tentativa de homicídio qualificado, ele teve como destino a cadeia. A vítima está hospitalizada

Por: Eduardo Velozo Fuccia  -  10/12/20  -  12:35
Vítima está hospitalizada no Hospital Regional de Itanhaém
Vítima está hospitalizada no Hospital Regional de Itanhaém   Foto: Divulgação/Hospital Regional de Itanhaém

O aposentado Edinei Garrido, de 71 anos, atirou no peito da sua mulher, Eliane da Silva, de 49. Ele alegou que apenas quis assustá-la e a arma disparou de modo acidental. O crime aconteceu na residência do casal, em Itanhaém, na quarta-feira (9) à noite. Autuado em flagrante por tentativa de homicídio qualificado pelo feminicídio, o idoso teve como destino a cadeia. A vítima está hospitalizada.


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Por enquanto, a única versão do episódio é a do aposentado. Acionados para verificar um desentendimento de casal em um imóvel da Rua Dom José Varani, no bairro Nossa Senhora do Sion, às 21h10, policiais militares se depararam com o portão aberto e entraram. No quintal, eles se depararam com Edinei. O aposentado admitiu a ocorrência do disparo, apresentou a sua justificativa e entregou um revólver calibre 38 aos PMs.


Em seguida, os policiais ingressaram na sala e se depararam com a vítima sentada e desfalecida no sofá. Ela apresentava uma perfuração de tiro no lado esquerdo do peito e foi acionado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que a levou ao Hospital Regional de Itanhaém. Eliane foi submetida a cirurgia, mas não corre risco de morte, conforme um médico informou para uma filha da mulher.


O revólver usado no atentado é um Taurus, que está devidamente registrado em nome do aposentado. Na arma havia três munições intactas e uma deflagrada. Sem se convencer da alegação do idoso, que classificou de “fraca”, o delegado Rodrigo Saretta Veríssimo, da Delegacia Seccional de Itanhaém, o autuou em flagrante. “Não consigo enxergar, neste momento, um disparo culposo (sem intenção) da arma de fogo”.


Sobre a natureza do delito, Veríssimo o classificou como “tentativa de homicídio contra a mulher em razão da condição do sexo feminino, por envolver situação de violência doméstica e familiar”. O mecanismo mecânico do Taurus também foi mencionado pelo delegado para afastar a tese de tiro acidental. “O acionamento de um revólver 38 faz-se mediante o esmagamento do seu gatilho, sem o que a arma não dispara”.


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