Hospital Irmã Dulce diz que imagens de câmeras não confirmam agressão a paciente

O vigilante Bergman Willian Alcântara, de 35 anos, afirma ter sido agredido por dois seguranças da unidade, na madrugada desta segunda-feira

Por: Por ATribuna.com.br  -  12/08/20  -  20:37
Direção do hospital afirma que imagens de segurança descartam a suposta agressão a um paciente
Direção do hospital afirma que imagens de segurança descartam a suposta agressão a um paciente   Foto: Arquivo/Nirley Sena/AT

Imagens do circuito interno do Hospital Municipal Irmã Dulce, em Praia Grande, descartam a versão apresentada por um paciente de que ele foi alvo de agressão, enquanto aguardava atendimento na unidade, na madrugada de segunda-feira (10). A suposta ação truculenta da equipe de segurança no local foi denunciada pelo vigilante Bergman Willian Alcântara, de 35 anos. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Praia Grande, na tarde seguinte à suposta violência. O caso ainda é investigado. 


Segundo a direção do complexo hospitalar praia-grandense, relatos de testemunhas e as imagens de câmeras de segurança disponíveis no local “não corroboram com as supostas denúncias relatadas” pelas vítimas. ATribuna.com.br pediu acesso ao teor das gravações, o que foi negado pela entidade responsável pela gestão do hospital. 


Ainda conforme a direção da unidade, um integrante da equipe do hospital registrou um boletim de ocorrência sobre o caso. Contudo, “apesar da tentativa de representantes do Irmã Dulce, a polícia informou não haver a necessidade de mais um BO sobre o ocorrido, devido aos registros já existentes. O hospital encontra-se totalmente à disposição das autoridades para os esclarecimentos necessários”, informa, por meio de nota. 


O caso 


Conforme a versão do vigilante, apresentada à Polícia Civil, ele se dirigiu ao hospital em busca de um tratamento para inflamação no dedo, na madrugada de segunda-feira (10). Devido à demora no atendimento, outro paciente teria batido na porta do médico que cumpria plantão. A cena teria chamado atenção da equipe de segurança do complexo hospitalar.  


Ainda conforme a versão do vigilante, dois seguranças do hospital o encaminharam até uma sala, palco das agressões recebidas pelo denunciante. Alcântara sustenta que um dos membros da equipe da unidade o segurou, enquanto o segundo desferia golpes em todo seu corpo. Ele diz ainda que um enfermeiro teria segurado a porta dessa repartição, evitando socorro por parte dos demais pacientes que buscaram atendimento médico, naquela ocasião. Alcântara alega ter ferimentos gerados pela agressão por todo o corpo.  


Já a direção do hospital sustenta que o paciente deu entrada na unidade, “apresentando sinais claros de extrema agitação e agressividade. Apesar de prontamente atendido e encaminhado para assistência médica, o mesmo continuou a demonstrar sinais de descontrole, inclusive desferindo fortes golpes na porta de um consultório médico. Foi necessário até que controladores de acesso se dirigissem ao local, para evitar o agravamento da situação”. 


O comunicado da direção do hospital cita ainda repudiar “veementemente quaisquer alegações de agressão ao paciente. O hospital não compactua com qualquer tipo de discriminação ou violência, dispensando atendimento igualitário a todos que buscam assistência no local”. Procurado pela reportagem, o vigilante não foi localizado até a publicação dessa reportagem. 


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