Homicídios na Baixada Santista caem 33% no 1º trimestre de 2020

Nos três primeiros meses do ano, as nove cidades da região registram 22 assassinatos, contra 33 ocorridos no mesmo período de 2019

Por: Eduardo Brandão & Da Redação &  -  28/04/20  -  22:22
Dados foram divulgados pela Secretaria Estadual da Segurança Pública
Dados foram divulgados pela Secretaria Estadual da Segurança Pública   Foto: Matheus Tagé/AT

Puxado pela retração nos primeiros 60 dias do ano, o número de homicídios dolosos (intencionais) na Baixada Santista caiu 33,3% no primeiro trimestre de 2020 em relação ao igual período de 2019. De janeiro a março, as nove cidades da Baixada Santista registraram 22 assassinatos - quase um a cada 96h -, ante 33 no ano anterior. 


>> Confira os dados sobre a criminalidade na Baixada Santista


Exceto furtos de veículos, os demais crimes contra o patrimônio encerraram o período em queda. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP-SP). O início da quarentena no estado e o trabalho de inteligência das polícias Civil e Militar são algumas explicações para o resultado regional no período.


Mongaguá e Cubatão encerraram o primeiro trimestre sem assassinatos. No igual período do anterior, as duas cidades registraram três homicídios. Apenas Guarujá teve elevação nesse indicador de violência, com uma vítima fatal a mais.


“Com maior apreensão de armas de fogo e patrulhamento, conseguimos reduzir homicídios múltiplos [mais de um assassinato por mesmos autores]”, resume o comandante da PM na Baixada e Vale do Ribeira, coronel Rogério Silva.


Registros de estupros tiveram retração de 15,5%. Nos primeiros três meses de 2019, as cidades registraram 148 casos desse tipo; já nesse ano foram 125.


O diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter-6), delegado Manoel Gatto Neto, afirma que as Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) estão mais preparadas a prestar auxílio às vítimas. “A redução [desse crime] se faz com educação e punição dos autores”.


Contra patrimônio


Com exceção de furto de veículos (quando não há emprego de violência ou ameaça), os demais crimes contra o patrimônio recuaram na Baixada. Já roubos de automóveis (quando há violência) caíram 25%. 


Silva diz que a redução se deve ao estudo da mancha criminal, usada para a distribuição do patrulhamento. “Furtos [em geral] tiveram a segunda menor quantidade absoluta desde o início da série histórica, em 2012”. O mais baixo registro foi em 2018.


Conforme as estatísticas, houve 806 registros a menos desse tipo de ocorrência na região – de 6.875 no ano passado para 6.069 em 2020 (ou queda de 11,7%). Já em roubos (quando há ameaça), a retração foi de 4% – 3.836 entre janeiro e março de 2019 e 3.683 nesse ano.


Gatto sustenta que esses indicadores caem devido ao “bom trabalho das forças de segurança”, mas admite que o novo coronavírus tem sua parcela de contribuição, devido à “menor exposição de pessoas e fechamento de comércios”.


Logo A Tribuna
Newsletter