Homem é condenado a 15 anos em regime fechado após matar pescador em Santos

Crime ocorreu em maio de 2018. Acusado foi flagrado por câmera do TPPS com bicicleta

Por: Da Redação  -  06/03/20  -  11:36
Bruno Rosa Andrade recebeu pena de 15 anos em regime fechado
Bruno Rosa Andrade recebeu pena de 15 anos em regime fechado   Foto: Reprodução

Apontado como autor de um crime por motivações passionais no atracadouro do Terminal Público Pesqueiro de Santos (TPPS), na Ponta da Praia, em 2018, Bruno Rosa Andrade foi condenado a 15 anos em regime fechado. Ele é acusado pelo assassinato do pescador Rondineli dos Santos Silva, após descobrir o envolvimento da vítima com a ex-mulher do réu. Bruno já se encontrava detido. 


A decisão foi ratificada pelo júri popular, na noite de quarta-feira (4), durante julgamento do caso, realizado no Palácio da Justiça de Santos. A sessão foi presidida pelo juiz Alexandre Betini, que ainda fixou o pagamento de taxas judiciária de 100 Unidade Fiscal do Estado de São Paulo (Ufesp) – R$ 276,10. 


O corpo de jurados acolheu a tese da Promotoria, na qual aponta que Bruno realizou o homicídio qualificado, por motivo fútil, e impossibilitando a defesa da vítima. Conforme a acusação, ele acertou quatro disparos contra a vítima, sendo dois deles pelas costas. 


Ao determinar o período de detenção, o magistrado levou em consideração o fato de o acusado “ostentar cinco folhas de antecedentes” e “possuir condenação criminal posterior ao processo”, também por homicídio. 


Em seu depoimento, Bruno afirmou que a vítima o teria ameaçado com uma faca. Razão pela qual o juiz reconheceu a circunstância atenuante da confissão, utilizando critérios de proporcionalidade da pena. 


O crime ocorreu no dia 21 de maio de 2018, mas a autoria do assassinato só foi elucidada em setembro daquele ano. A apuração do caso foi feita por investigadores do Setor de Homicídios da Delegacia Antissequestro (Deas) de Santos, a partir de imagens do circuito de câmeras e depoimentos de testemunhas. 


No vídeo, é possível verificar o exato momento em que Bruno passa de bicicleta nas dependências do Terminal Público Pesqueiro, instantes antes do crime. A investigação apontou que, em seguida, ele invade um barco e, de arma em punho, desfere cinco disparos na direção de Rondineli. Quatro atingiram a vítima, que morreu no local. 


Para a Polícia Civil, o assassinato foi motivado por ciúmes e rixas pessoais alimentadas entre acusado e vítima. Isso porque Bruno teria descoberto o relacionamento de Rondineli com sua ex-companheira e mãe de seus filhos.


Bruno teve prisão preventiva decretada em setembro de 2018, e chegou a ser considerado foragido. Ele foi encontrado no mês seguinte pelos investigadores do Deas, numa residência da comunidade Cantagalo, no Guarujá. Desde então, o réu estava detido e à disposição do Poder Judiciário. 


Por conta da gravidade do crime, da violência empregada na execução e das lesões à vítima, o juiz determinou o recolhimento do acusado ao cárcere. Por esse motivo, ele não poderá recorrer em liberdade.


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