Guarda municipal de Santos é preso com 26 mil cápsulas de cocaína
Ele dirigia um Ford Ka preto na pista sentido São Sebastião da Rodovia Rio-Santos e foi abordado para uma verificação de rotina por policiais militares rodoviários, em Bertioga
Guarda civil municipal em Santos há quase cinco anos, o homem, de 32 anos, foi preso com 26 mil cápsulas de cocaína na madrugada desta quinta-feira (23), em Bertioga. Ele dirigia um Ford Ka preto na pista sentido São Sebastião da Rodovia Rio-Santos e foi abordado para uma verificação de rotina por policiais militares rodoviários, às 2h30.
Segundo os patrulheiros, o guarda apresentou "nervosismo acima do normal", o que motivou uma vistoria mais minuciosa.
No banco traseiro do carro havia duas bolsas grandes contendo 25 sacos com as cápsulas de cocaína. O peso bruto da droga totalizou 35,8 quilos, segundo informou o delegado Fábio de Oliveira Martins Pierry, da Delegacia de Bertioga. Com o acusado havia R$ 412,00.
A abordagem aconteceu no km 199, em Guaratuba. De modo informal, o guarda disse que pegou a droga no Centro de Guarujá para levá-la a Maresias, em São Sebastião. Pelo transporte, ele disse que ganharia a quantia de R$ 2 mil.
O acusado não revelou a pessoa que lhe forneceu o entorpecente e também não disse para quem o entregaria. As investigações prosseguem para identificar tais pessoas, conforme frisou o delegado Pierry.
O guarda municipal nada quis declarar ao ser interrogado pelo delegado. "Ele invocou o direito constitucional de permanecer calado e só quis fazer contato telefônico com o seu advogado, que não chegou a comparecer à delegacia", informou Pierry.
O acusado ingressou na Guarda Civil Municipal de Santos em 21 de agosto de 2014. Autuado por tráfico, ele foi recolhido à cadeia.
Por ser preso um agente público de segurança, Pierry comunicou a Guarda Municipal de Santos. A corporação designou um inspetor para acompanhar o flagrante.
Em nota, a Prefeitura de Santos explica que o GCM foi admitido por meio de um concurso público, realizado em 2014, e que entre os documentos exigidos estava o atestado de antecedentes criminais, que não apontou irregularidades.
Além disso, esclarece que o guarda apresentou licenças médicas e não concluiu o curso preparatório e o probatório (período de experiência), reapresentando-se ao serviço apenas em 2018, quando foi designado para cumprir funções administrativas da corporação.
A administração municipal ainda ressalta que no momento do flagrante, o agente não estava em serviço. A GCM irá encaminhar o caso à Comissão Permanente de Inquérito (COMINQ), que irá definir as sanções previstas no estatuto da guarda, entre elas, a possível expulsão.
