Filho entrega mãe à polícia após achar maconha dentro de casa em Peruíbe

Jovem de 24 anos alegou que estava limpando a mesa de cabeceira do quarto da mãe quando achou duas porções da droga

Por: Eduardo Velozo Fuccia  -  28/04/20  -  10:13
Detentos realizavam a pintura da Delegacia de Peruíbe
Detentos realizavam a pintura da Delegacia de Peruíbe   Foto: Reprodução/Google

O filho denunciou à polícia a mãe que seria usuária de maconha, bem como a suposta traficante que vendeu a erva. Manancial de histórias improváveis, a crônica policial surpreende agora com esse caso da vida real.


Pai ou mãe entregando filhos à polícia por não compactuarem com crimes por eles cometidos não é uma situação comum, mas se tem notícia da sua ocorrência. Mais raros, episódios em que o procurado da Justiça se apresentou na delegacia para ser preso, porque na cadeia teria garantidos almoço e jantar, também já foram registrados.


Porém, o mais recente evento parece superar os demais no quesito improbabilidade. Ele aconteceu em Peruíbe, no domingo (26) à noite. Vítima de força-tarefa composta exclusivamente por um jovem de 24 anos, que é seu filho, uma dona de casa, de 44, foi surpreendida em sua própria residência durante operação faxina.


O rapaz disse que limpava o imóvel quando encontrou duas porções de maconha na mesa de cabeceira do quarto da mãe. A Polícia Militar foi avisada. Dois policiais se dirigiram à residência e receberam do jovem o entorpecente, que pesa 16 gramas.


O acusador disse que a mãe adquiriu a maconha no sábado de uma “senhora amiga” dela. A transação foi facilitada com o serviço de delivery oferecido pela suposta traficante. Segundo os PMs, a mulher lhes confirmou a versão do filho. Porém, na Delegacia de Peruíbe, ela afirmou ignorar a origem da droga entregue pelo jovem aos policiais.


Com a revelação do nome e endereço de quem teria fornecido a maconha à dona de casa, os policiais também foram à moradia da suposta traficante. Ela é uma comerciante de 56 anos, que admitiu ser amiga da mãe do denunciante. No entanto, negou a venda da erva.


Com a permissão da comerciante, os PMs entraram em sua residência e recolheram duas porções de maconha, totalizando 101 gramas. A acusada de vender a droga alegou que o entorpecente apreendido em sua casa se destina ao seu consumo.


Para o delegado Arilson Veras Brandão, não ficou configurado o estado de flagrante para autuar a comerciante por tráfico, devido à “pouca quantidade” de maconha e à versão de ser “mera usuária”. Por causa da falta de “indícios mais robustos de que estamos diante de uma traficante”, ele optou por abrir inquérito para melhor apurar o caso.


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