Falso médico é preso em Praia Grande atendendo pacientes com Covid-19

Homem usava documentos de um de oftalmologista da Colômbia para atender no complexo de saúde regional; prisão contou com ação da Polícia Federal

Por: Por ATribuna.com.br  -  01/06/20  -  12:25
Atualizado em 01/06/20 - 12:54
  Foto: Reprodução

Sob a natureza de exercício ilegal de Medicina e falsidade ideológica, um homem foi preso pela Polícia Federal, na noite deste domingo (31), acusado de se passar por um profissional no Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande. O acusado usava documentos de um médico de oftalmologia da Colômbia para atender no complexo de saúde regional durante a pandemia de Covid-19.  


As informações foram confirmadas na manhã desta segunda-feira (1), por ATribuna.com.br. A Polícia Federal não informou o nome do acusado. Conforme a corporação, o suposto médico foi detido durante seu turno no hospital, local que atuava há, pelo menos, um ano. O falso profissional prestava atendimento aos pacientes com suspeitas do novo coronavírus na unidade de saúde. 


De acordo com a Polícia Civil, agentes da Polícia Federal identificaram que um homem atuava no complexo médico sob a identificação de Henry Cantor Bernal. A suspeita era que ele usava documentação falsa para o exercício da profissão. Ainda conforme as forças policiais, o falso médico que atuava em Praia Grande era negro, enquanto profissional colombiano que teve os documentos usados era branco. 


O indivíduo foi interrogado pela Polícia Civil na delegacia-Sede de Praia Grande. Segundo os investigadores, ele não informou o seu verdadeiro nome. Com o falso profissional, foram encontrados documentos com o nome do médico colombiano e uma carteira de motorista do Paraguai, nação que o suspeito afirmou ter cursado Medicina. 


Vítima foi encaminhada ao Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, mas morreu horas depois
Vítima foi encaminhada ao Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, mas morreu horas depois   Foto: Arquivo/AT

Em nota, a direção do Hospital Municipal Irmã Dulce esclarece que o homem em questão não era funcionário da unidade. Ele foi contratado por uma terceirizada médica que presta serviços ao complexo hospitalar. “Tal empresa já foi acionada pelo Irmã Dulce, em busca de esclarecimentos para a tomada das devidas providências”, informa. 


A direção da unidade acrescenta que, no ato da contratação do suspeito, essa empresa terceirizada havia apresentado documentações atestando a formação técnica e demais itens exigidos para que o indivíduo pudesse iniciar suas atividades na unidade, como registro no Conselho Regional de Medicina. “Desta forma, a direção da unidade registrará um Boletim de Ocorrência sobre o caso e segue à disposição para maiores esclarecimentos”, finaliza o comunicado. 


Também em nota, Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande informa que está à disposição da equipe de investigação e que acompanha e apura todo o processo junto à gestora do Hospital Irmã Dulce.


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