O empresário Vitor Alves Karam, de 33 anos, será interrogado nesta terça-feira (3), às 15h30, na Vara do Júri de Santos, pelo assassinato de Lucas Martins de Paula, de 21, quartanista de Engenharia Elétrica.
O universitário morreu em decorrência de brutal agressão cometida por dois seguranças da antiga casa noturna Baccará, no Embaré, cujo proprietário era Vitor Karam. O empresário é um dos quatro corréus do crime.
A vítima foi espancada após discordar do lançamento indevido de uma cerveja long neck de R$ 15 em sua conta. A violência aconteceu na madrugada de 7 de julho de 2018. Vinte e dois dias depois, Lucas faleceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Santos.
“O dono da casa noturna também deve ir a júri pela morte de Lucas e ser condenado. Como proprietário do estabelecimento, tinha o dever legal de impedir a selvageria cometida pelos seguranças, seus subordinados. A omissão do empresário é penalmente relevante”, disse o advogado Armando de Mattos Júnior, assistente da acusação.
Com prisão preventiva decretada, Vitor foi capturado no último dia 17 de julho em um condomínio na Zona Oeste de São Paulo, próximo à Rodovia Raposo Tavares. Policiais militares foram ao local após informação ao Disque-denúncia revelar em qual apartamento o empresário se escondia.
Enquanto esse acusado não se manifesta oficialmente em juízo, fica a expectativa para a versão que ele apresentará. Vitor é defendido pelo advogado Eugênio Malavasi. O empresário está recolhido no Centro de Detenção Provisória (CDP) II de Osasco, na Grande São Paulo.
Demais acusados
Os outros réus do processo são os seguranças Thiago Ozarias Souza, de 30 anos, e Sammy Barreto Callender, de 35. Eles se entregaram à polícia quando tiveram a prisão decretada e continuam encarcerados.
Chefe da segurança da casa noturna, Anderson Luiz Pereira Brito, de 47 anos, é o único acusado que permanece foragido. O Ministério Público denunciou os quatro réus por homicídio qualificado. O crime é hediondo e a pena varia de 12 a 30 anos de reclusão.