A Polícia Civil e o Instituto de Criminalística (IC) realizam, na manhã desta quinta-feira (30), a reconstituição do assassinato a facadas do fiscal de rendas estadual Sérgio Armando Gomes Ferreira, de 56 anos.
O homicídio aconteceu no dia 14 de novembro de 2019 na casa sobreposta da Rua Delfim Moreira, no Embaré, onde a vítima residia. Com prisões temporárias decretadas, dois jovens são acusados de participarem diretamente do crime.
Um dos acusados é Guilherme Marnoto de Alvarenga, de 18 anos. Ele já confessou em interrogatório ter matado a vítima a golpes de faca e passado uma cordinha de prancha de surf em seu pescoço.
Guilherme também inocentou o outro acusado, Gabriel Marraccini, de 18 anos, que nega o crime. Defensor deste segundo jovem, o advogado Armando de Mattos Júnior disse que o cliente "estava no lugar errado, na hora errada e com a pessoa errada".
Comandada pelo delegado Renato Mazagão Júnior, responsável pelo inquérito do caso, a reconstituição tem por objetivo confrontar as versões dos dois rapazes e verificar se elas são compatíveis com o palco do crime.
Mãe de Guilherme, a advogada Luciana Mauá Marnoto, de 49 anos, também é investigada, na condição de suposta mandante. Por não ter atuado na execução do crime, ela não participa da reconstituição.
O caso é investigado pelo Setor de Homicídios da Delegacia Especializada Antissequestro (Deas) de Santos. Inicialmente, a pedido de Mazagão, a Justiça decretou a prisão temporária de 30 dias dos três investigados.
Por se tratar o homicídio qualificado de crime hediondo, esse prazo pode ser prorrogado mais uma vez por 30 dias. O primeiro período já venceu e Mazagão pediu a sua renovação em relação a Guilherme, Gabriel e Luciana.
A Justiça, no entanto, autorizou a prorrogação das temporárias apenas de Guilherme e Gabriel. Eles estão presos, respectivamente, nas cadeias anexas ao 1º Distrito Policial de Guarujá e 5º DP de Santos. Em relação a Luciana, atualmente solta, as investigações também prosseguem.