Dono do Bar Baccará é preso na capital paulista

Vitor Alves Karam, de 33 anos, estava foragido. Ele é um dos acusados pela morte do estudante Lucas Martins de Paula, em julho do ano passado

Por: Eduardo Velozo Fuccia & De A Tribuna On-line &  -  18/07/19  -  02:46
Dono do Baccará, Vitor Alves Karam, de 33 anos, foi preso em São Paulo
Dono do Baccará, Vitor Alves Karam, de 33 anos, foi preso em São Paulo   Foto: Reprodução

Um dos quatro corréus do Caso Baccará e com prisão preventiva decretada pela Justiça, o empresário Vitor Alves Karam, de 33 anos, foi capturado por policiais militares, às 14h desta quarta-feira (17), no Distrito do Rio Pequeno, na Zona Oeste de São Paulo.


Ex-dono da casa noturna Baccará, que funcionava na Rua Oswaldo Cochrane, no bairro Embaré, em Santos, e onde um universitário foi assassinado por espancamento por seguranças, Karam estava foragido desde a época do crime, ocorrido em 2018.


A localização de Karam decorreu de informação anônima cadastrada no Disque-denúncia. Ele se refugiava em um condomínio situado na Avenida São Paulo Paraná. A delação revelou, inclusive, o apartamento no qual o réu estava. O próprio acusado foi quem atendeu os PMs. Ele não teve qualquer chance de reação ou fuga.


Pesquisa de antecedentes confirmou a veracidade da denúncia, sendo Karam conduzido preso ao 75º DP (Jardim Arpoador), onde foi registrado boletim de ocorrência de “captura de procurado” pelo delegado José Eduardo Maruca. O empresário permaneceu preso na Capital, mas deverá em breve ser trazido à Baixada Santista.


Lucas foi espancado até entrar em coma, no dia 7 de julho
Lucas foi espancado até entrar em coma, no dia 7 de julho   Foto: Arquivo pessoal

Valor da conta


Quartanista de Engenharia Elétrica, Lucas Martins de Paula, de 21 anos, foi brutalmente agredido na casa noturna depois de reclamar do lançamento indevido em sua comanda de uma cerveja long neck no valor de R$ 15. Dois seguranças, que se entregaram à polícia e estão presos, o agrediram.


Karam e o chefe da segurança Anderson Luiz Pereira Brito, de 47 anos, também foram denunciados pelo Ministério Público (MP) por homicídio qualificado, porque a agressão aconteceu na frente deles e nada fizeram para impedi-la. Agora, Brito é o único acusado que permanece foragido.


A violência aconteceu na madrugada de 7 de julho de 2018. Vinte e dois dias depois, Lucas faleceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Santos.


Segundo o MP, o segurança Thiago Ozarias Souza, de 30 anos e praticante de jiu-jítsu, aplicou 12 golpes na vítima, entre socos e joelhadas. Em seguida, o também segurança Sammy Barreto Callender, de 35 anos, desferiu um soco no universitário. Como se fosse um tiro de misericórdia, este soco fez o jovem cair desacordado em frente ao Baccará.


O advogado Eugênio Malavasi, defensor do empresário, disse, na noite desta quarta-feira, que pedirá à Vara do Júri de Santos que designe data para o interrogatório do cliente.


Estudante foi agredido por seguranças do Bar Baccará em julho do ano passado
Estudante foi agredido por seguranças do Bar Baccará em julho do ano passado   Foto: Fernanda Luz/AT

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