Comerciante inventa roubo para se isentar da morte de motociclista em Peruíbe
Na ocasião, que aconteceu no último dia 26, um automóvel colidiu com uma moto após trafegar na contra mão e em alta velocidade
O comerciante Herculano Salvador Pereira, de 70 anos, foi identificado como o motorista da Zafira branca que atingiu uma moto, causando a morte do piloto, e depois telefonou à Polícia Militar para comunicar o roubo do seu automóvel. O acidente aconteceu em Peruíbe, no dia 26 de abril.
Diante das provas obtidas pela equipe do investigador Adalberto Eduardo Ribeiro, da Delegacia de Peruíbe, Herculano admitiu na última quarta-feira que não teve a Zafira roubada. Ele também disse que era ele quem a dirigia no momento do acidente. O desastre aconteceu na Avenida Padre Anchieta, no bairro Convento Velho.
O delegado Arilson Veras Brandão indiciou o comerciante por homicídio, na modalidade dolo eventual, porque ele teria assumido o risco de provocar a morte da vítima, embora não tivesse esta intenção. Herculano também foi indiciado pelo delito de falsa comunicação de crime. Sem flagrante, ele responderá pelos crimes em liberdade.
Como foi
Marcos André Moreira Landim, de 30 anos, pilotava uma Honda CG 150 Titan e trazia na garupa uma amiga, de 20. Na mesma avenida, no sentido oposto, Herculano teria feito sem cautela uma conversão à esquerda, provocando o desastre. Em seguida, fugiu com o carro e telefonou à Polícia Militar para avisar que o veículo fora roubado.
A passageira da moto foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Peruíbe. Em estado grave, Marcos André foi levado diretamente ao Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, onde faleceu três dias depois na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na mesma data do acidente, a Zafira foi achada abandonada no bairro Nova Peruíbe.
Os investigadores obtiveram imagens de câmeras que mostram o comerciante saindo da Zafira após o acidente. Eles também identificaram um motorista de aplicativo, acionado na sequência por Herculano próximo de onde o carro foi abandonado. Diante de tais provas, o acusado alegou que ficou com medo, fugindo e inventado o roubo.
