Conhecido nos meios policiais por quebrar o vidro de veículos para furtar objetos de seu interior, o chileno Matias Felipe Garcia Santander, de 26 anos, foi preso novamente por cometer este tipo de crime. No dia 11 de maio de 2018, Santander ganhou popularidade nas mídias sociais após quebrar o vidro de um carro estacionado no Boqueirão, em Santos, e pegar uma bolsa feminina. Ele chegou a cortar o braço durante a ação.
Um homem flagrou o delito. Ele estava em outro carro, começou a filmar com o seu celular a fuga do chileno, que pedalava uma bicicleta, e compartilhou o vídeo, que viralizou no WhatsApp e Facebook.
Por meio da filmagem, na mesma data, policiais militares conseguiram localizar Santander. O acusado ainda circulava o Boqueirão com a sua bicicleta. Ele estava com parte dos objetos furtados, além de outros, de procedência suspeita.
Levado à Central de Polícia Judiciária (CPJ), o chileno foi autuado em flagrante, mas atualmente já estava solto. A sua nova prisão ocorreu na quinta-feira da semana passada, na Avenida Pinheiro Machado, na Vila Belmiro.
“Seguíamos de viatura pela pista sentido praia e vimos o chileno retirando bolsas de uma van estacionada do outro lado do Canal 1. Como o veículo estava com o vidro quebrado, fizemos o retorno e abordamos o acusado”, disse Rodrigo Lima, chefe dos investigadores do 1º DP de Santos.
No momento da detenção, Santander já fugia. Ele pedalava uma bicicleta carregando três bolsas retiradas da van. Nelas havia equipamentos de discotecagem, avaliados pela vítima em cerca de R$ 10 mil.
Lima estava com o investigador Orlando Somaio. Eles levaram o chileno ao 1º DP, onde o delegado Max Pilotto o autuou em flagrante por furto qualificado. Os policiais, agora, apuram outros crimes que teriam sido cometidos por Santander.
“O indiciado estava hospedado em um hotel no Centro. Fomos até o seu quarto e lá apreendemos relógio de pulso, celular, dois cartões de memória, quatro pen drives, duas bolsas e quatro carteiras. Suspeitamos que tudo seja produto de furtos”, afirmou Lima.
No quarto do hotel também havia um notebook da marca Apple e da cor prata. Na tentativa de identificar o proprietário do aparelho, os policiais o ligaram, mas não tiveram acesso aos arquivos por causa da senha. Porém, o nome Tiago consta como sendo do usuário do equipamento.
Eventuais vítimas devem comparecer ao distrito para reconhecer os objetos apreendidos e recebê-los. Os pen drives têm etiquetas de uma empresa de navegação, conforme informaram os investigadores.