A primeira audiência que apura o assassinato e a ocultação do cadáver de Andressa Elizabete Jesus da Cruz, de 28 anos, acontece nesta terça-feira, no Fórum de São Vicente. O réu, Leandro Pereira da Silva, o Magreza, de 34 anos, está preso preventivamente.
Segundo denúncia do Ministério Público, o réu matou a vítima mediante asfixia mecânica e por “motivo torpe”, porque se irritou com o fato de ela cobrar a devolução de um celular que ele teria furtado. Consumado o homicídio, Magreza cavou um buraco, enterrou o corpo de Andressa e o cobriu com terra e piche.
O crime aconteceu no barraco do acusado, na Rua Monsenhor João Batista de Carvalho, na Vila Margarida, entre os dias 10 e 20 de novembro de 2018. O corpo só foi encontrado cerca de um mês depois, após Magreza ter abandonado a moradia e fugir para local incerto.
Policiais do 2º DP de São Vicente esclareceram o crime e Magreza teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Ele foi capturado no último dia 22 de fevereiro, em Marília (SP), a cerca de 450 quilômetros da Capital. Atualmente, se encontra recolhido na Penitenciária I de Balbinos, município da região de Bauru.
Na audiência serão ouvidas as testemunhas indicadas pela acusação e defesa. Magreza também será interrogado. Após esta fase de produção de provas, as partes terão prazo para apresentar as suas alegações finais por escrito e o juiz decidirá se há indícios suficientes de autoria para o réu ser levado a júri popular.
Companheiro da vítima, o aposentado Antônio Carlos de Oliveira, de 62 anos, é divorciado e vivia junto com Andressa havia quatro anos e oito meses. Ele pretendia se casar com a jovem. “Quero justiça. Ele matou uma moça com 28 anos de idade e acabou com os planos de toda a família”, desabafou.