Varejo da Baixada Santista deve crescer 3% nesta sexta-feira de Black Friday

O varejo deve crescer 3% nesta Black Friday, em relação à do ano passado, segundo projeção do Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista (SincomércioBS). Entre os lojistas do Centro de Santos, a expectativa é mais positiva – aumento entre 5 e 7%. 

Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal, GloboPlay grátis e descontos em dezenas de lojas, restaurantes e serviços!

Além das lojas físicas, o investimento desse ano nas vendas on-line e em propagandas nas redes sociais foi maior, segundo o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Santos, Camilo Rey Andújar. “Os lojistas estão preparando as ofertas em suas plataformas para atrair mais clientes”, diz.

Para Andújar, eletrônicos e eletrodomésticos irão puxar a alta nas vendas. O SincomércioBS também acredita numa demanda maior por eletroeletrônicos, superando o ano passado. 

Para a entidade, a Black Friday também servirá como um termômetro para as compras de Natal. O período, segundo o sindicato, também devem registrar crescimento em 2020. Caso as previsões se confirmem, o varejo terminará o ano com uma queda de 3%, um cenário melhor do que o previsto no início da pandemia de covid-19.

Para o economista Fernando Wagner Chagas, de modo geral, os consumidores conseguiram economizar no período de isolamento social, provocado pela pandemia do novo coronavírus, porque não puderam sair de casa para fazer programas de lazer.

Com o auxílio emergencial que foi pago pelo Governo Federal (R$ 600 aos desempregados e até R$ 1.200 para mães solteiras), houve uma reserva. “As famílias estão aproveitando para comprar produtos residenciais, sobretudo aparelhos eletrônicos, móveis, eletrodomésticos etc”, diz o economista.

Segundo ele, há motivos para que o comércio esteja otimista com as vendas de hoje, porque pode haver um aquecimento no consumo. “Inclusive com uma antecipação das compras de Natal”.

Retomada

Apesar da expectativa em relação à Black Friday, os comerciantes ainda estão cautelosos com relação à retomada do setor.

“A abertura gradativa dos estabelecimentos não será suficiente para recuperar as perdas do setor em 2020. O grau de incertezas em relação à economia ainda é grande, principalmente em relação às variáveis de emprego e renda”, afirma o presidente do Sincomércio BS, Omar Abdul Assaf. 

Segundo ele, a melhora recente constatada nos fluxos de caixas empresariais e das expectativas em relação às vendas também deixam os empresários mais confiantes para o contexto econômico futuro. “Esta percepção é ainda maior considerando que novembro e dezembro marcam as duas principais datas do setor varejista”, conclui.