Onde investir: Recuo na previdência privada

1° edição da coluna mostra opções para quem quer trocar o investimento

Por: Marcelo Santos & Editor &  -  09/11/19  -  15:02
Em cifras, crescimento do salário mínimo será de R$ 52 em 2019
Em cifras, crescimento do salário mínimo será de R$ 52 em 2019   Foto: Agência Brasil

Você aplica há muitos anos na previdência privada, mas está insatisfeito com a rentabilidade, quer diversificá-la ou simplesmente trocá-la por outro investimento porque suas prioridades mudaram. Talvez seja agora, com juros de renda fixa despencando, o melhor momento para optar por uma mudança radical. 


Muitos analistas peritos em renda variável (ações) criticam a previdência privada devido às altas taxas de administração cobradas pelos bancos e recomendam engordar a reserva da aposentadoria com outras aplicações. Entretanto, se optar pela migração para outro investimento, o risco de pagar imposto será elevado na hora do saque se a modalidade for a de PGBL.


Muitos investidores optaram pelo PGBL para ter direito a abater 12% do Imposto de Renda na declaração completa. Porém, hoje fazem a simplificada talvez porque não possuem despesas com saúde e educação declaráveis. A solução, segundo um gerente de banco, é interromper imediatamente a contribuição do PGBL e passar a depositar em VGBL. Quem tem PGBL e não aproveita a vantagem fiscal na declaração no final das contas pagará imposto duas vezes. 


Mas se você não quer resgatar toda a previdência e optou pelo regime regressivo, faça retiradas planejadas. No regressivo, a alíquota de impostos cai aos poucos conforme o tempo que o dinheiro fica depositado – de 35% para dois anos aplicados, regredindo gradualmente a 10% após dez anos de investimento. Se vai resgatar, pergunte ao banco qual o valor que já atingiu os dez anos e faça o saque dessa porção, pagando apenas a menor alíquota. 


Se está com pena de abandonar a previdência privada, uma boa alternativa é a portabilidade, que é concluída em poucos dias. Leve a lâmina (resumo com CNPJ e outros dados do seu fundo) de sua previdência ao gerente do banco concorrente e peça uma taxa de administração menor, além de observar a rentabilidade e o portfólio de produtos investidos. 


Lembre-se, quem tem PGBL não pode migrar para VGBL e vice-versa.


Segundo um executivo de um grande banco, clientes de empresas de telefonia móvel se mudam para a companhia concorrente por causa de alguns reais a menos. Mas poucos poupadores de previdência privada fazem portabilidade por uma taxa de administração mais barata. Como se trata de investimento de longo prazo, essa taxa menor turbinaria a rentabilidade. 


Índices da bolsa


A Bovespa engloba suas ações em vários índices. O mais importante é o Ibovespa, que tem pouco mais de 60 empresas. Há ainda o Ifix, só com fundos imobiliários, e o Imob, das construtoras, o IEE, de energia elétrica, o de sustentabilidade (ICO2), e o de governança (IGC). Além do investidor acompanhar a rentabilidade de cada ação, os índices permitem avaliar o desempenho dos setores de seu papel ou de suas características específicas (ICO2 ou IGC). Aliás, o retorno por índices indica que a bolsa se revelou um excelente negócio. Em 12 meses o Ibovespa subiu 22%, o IGC foi a 24%, o Imob a 25% e o IEE, melhor ainda, saltou 48%. 


Fundos imobiliários


Apesar dos fundos imobiliários (FIs) terem cara de renda fixa, são variáveis. Suas cotas são negociadas na Bovespa e mudam segundo a segundo. Mas têm vantagens sobre as ações – a volatilidade (sobe-desce) é menor. O que os FIs têm encantado é com a distribuição mensal dos aluguéis – os fundos são donos de prédios corporativos, shoppings e galpões de fábricas.


O valor costuma ser divulgado no final do mês e pago uns 15 dias depois. Varia de R$ 0,50 a R$ 1,50 e se você tiver 100 cotas (uns R$ 10 mil investidos), levará R$ 150 no mês. Há ainda a valorização da cota na bolsa. Obs.: os valores são só um exemplo para facilitar o entendimento. 


Consumo


Se você é um consumidor voraz do comércio on-line, deve ter percebido que as lojas virtuais mais sofisticadas tecnologicamente elaboram listas de desejos (não confunda com o carrinho de compra). Gostou do produto, basta deixar na lista e, se quiser, até torná-la pública para eventuais presentes.


Aproveite, pois alguns sites têm sistemas que enviam cupons de descontos, avisam sobre promoções com esses produtos da lista de desejos ou oferecem itens alternativos. Um dos portais mais ativos dessa estratégia é a Amazon. Porém, evite exageros. O parcelamento fácil e de pequenos valores pode enforcar suas finanças aos poucos. 


Logo A Tribuna
Newsletter