Onde Investir: Mais tempo na bolsa

Se você tem ações ou investe em fundos com renda variável deve ter passado por momentos de profunda tristeza desde quarta-feira. O tombo do Ibovespa foi de 9,41%, considerando a quarta (27) e quinta-feira (28). Porém, a perda no mesmo período foi de 21,9% com a Gol (GOLL4), 10,7% com Ambev (ABEV3), 10,1% com Pão de Açúcar (PCAR4) e 15,3% com Via Varejo (VVAR3). Estas empresas foram citadas por serem as maiores quedas da quinta. Quem tinha R$ 10 mil na bolsa até o final da sexta passada, no encerramento da quinta eram R$ 9.059, conta só com base nos pontos do Ibovespa. 

Se bateu aquele desespero profundo, com saques, é uma prova de que não se deve investir em renda variável. Principalmente porque o investidor deve mirar o longo prazo, acima de um ano. Mediante apoio de analistas, pode-se mudar o portfólio caso surjam falhas claras nas suas empresas – decisões por impulso, jamais. A recomendação geral é, em situações como as desta semana, respirar fundo, acompanhando os boletins da sua corretora (cuidado com as que oferecem operações de graça e não dão consultoria). 

Basta observar estes mesmos exemplos num prazo alongado, de três anos. Assim, o Ibovespa subiu 54,5%, enquanto no mesmo período a caderneta de poupança remunerou 15,5% e o IPCA avançou por volta de 11,2% (sem computar o atual fevereiro). Nas ações, Via Varejo saltou 255% e a Gol, 195%. Pão de Açúcar foi mais modesta, com 23%, e Ambev deu prejuízo, de 22%. O investidor quer mesmo é um percentual gordo, mas o segmento de ações é de risco e não tem como prever o rendimento, como é o caso da caderneta. Porém, na bolsa é preciso avaliar cada empresa. Gol é uma empresa jovem e possui duopólio com a Latam, o varejo sofreu transformações profundas com o atacarejo e o comércio on-line (Atacadão e Magalu dominando) e a Ambev enfrenta problemas recentes com o crescimento da Heineken. 

A conclusão é de que o mercado de ações dá lições duras, com perdas, mas com ganhos que podem ser acentuados se comparados com a renda fixa. O medo faz parte e até é bom que apareça. Entretanto, a regra obrigatória é diversificar tanto na modalidade (ações, CDBs, fundos, etc) como no segmento da ação (banco, varejo, indústria, saúde). A chance de acertar e a possibilidade de minimizar perdas serão bem maiores. 

Tesouro Selic

Boa alternativa à poupança, o Tesouro Selic, título do Tesouro Direto corrigido pela Selic, continua bem vantajoso, se comparado à aplicação mais popular do País. Enquanto a caderneta rendeu 3,8% nos últimos 12 meses, o Tesouro Selic ostentou 5,5% ao ano (rendimento passado, não os próximos, pois a Selic caiu). Além dessa diferença, os papéis do governo são mais confiáveis. O risco de calote do Tesouro é muitíssimo menor do que a quebra de um banco com caderneta. 

Euro acima de R$ 5

Deixou de fazer compras antecipadas no câmbio para compromissos no exterior, como viagens, compras e remessas para parentes? Agora, vai ter que pagar, por exemplo, R$ 5,20 pelo euro, o preço cobrado na boca do caixa das casas de câmbio. Se tivesse comprado em parcelas para se proteger das oscilações teria economizado até 20%. No caso de € 1 mil, você paga R$ 5,2 mil hoje. Se tivesse comprado 1/3 há um ano e partes iguais em julho e novembro gastaria R$ 4,3 mil.

Compre nas parceiras

Vai comprar geladeira, TV ou uma peça de roupa? Antes, entre nos portais de sua TV por assinatura, operadora de celular, cartão de crédito, banco, aérea, clubes de assinantes e marca de smartphone. Procure pelas áreas de lojas parceiras para encontrar promoções ou descontos. Economize de 5% a 30% ou ganhe pontos em dobro ou mais para trocar por milhas. Caso não compense, de repente o tempo gasto ajude você a descobrir que iria fazer mais uma compra por impulso.