Onde investir: Como começar na bolsa

Antes de tudo, a bolsa, no caso do pequeno investidor ou o iniciante, é para o longo prazo, daqui a cinco anos, por exemplo

Por: Marcelo Santos  -  27/06/20  -  13:03
Instabilidade das cotações é característica da bolsa: chance de ganhos aumenta, mas o risco também
Instabilidade das cotações é característica da bolsa: chance de ganhos aumenta, mas o risco também   Foto: Bruno Rocha/ Fotoarena/ Estadão Conteúdo

A bolsa se tornou um investimento imprescindível para quem quer melhorar sua rentabilidade, considerando a queda acentuada dos juros. Porém, deve-se admitir, começar no mundo das ações não é fácil. Antes de tudo, a bolsa, no caso do pequeno investidor ou o iniciante, é para o longo prazo, daqui a cinco anos, por exemplo. Se tem pressa ou um objetivo de curto prazo, é melhor aplicar em fundos de renda fixa e ativos diversos, do CDB ao dólar. O motivo principal para se ter longo prazo é que a bolsa tem solavancos acentuados de tempos em tempos e altas e baixas diariamente, que dão algum prejuízo se você for precisar vender suas ações logo. Já imaginou se tivesse comprado R$ 1 mil em Gol ou CVC antes da pandemia e resolvesse vender correndo? Perderia 70%. Mas se não tiver pressa, esperando, dá não só para recuperar essa perda como ter algum lucro. Afinal, uma hora a grande massa terá que voltar a voar para trabalhar, estudar, visitar parentes ou fazer turismo. 


Para começar na bolsa, a melhor maneira é estudar seu funcionamento com cursos gratuitos ou pagos (preços até razoáveis), quase todos on-line (inclusive antes da pandemia) e muitos de duração curta. Depois disso, a sugestão da coluna é que comece a investir por um fundo de ações, com aplicação inicial bem baixa, como R$ 100, ou um ETF, também a R$ 100. Assim, você vai se acostumar aos poucos à volatilidade da bolsa, que é esse vaivém constante. Parece moleza, mas não é. É muito chato observar no fim do dia que o saldo da conta encolheu 20% em 24 horas. No outro, ele se valoriza 10%. Medo e ganância podem atrapalhar se estiverem em excesso ou ajudar, de forma educativa, se moderadamente. 


Os fundos de ações são oferecidos por bancos ou corretoras. No caso dos ETFs, eles se parecem com um fundo – você adquire cotas, mas que são negociadas na bolsa como se fossem uma própria ação, tal como fundos imobiliários. Um ETF segue a pontuação do Ibovespa ou dos índices de Nova Iorque, como o S&P 500. Essa pontuação se dá conforme a valorização das ações que compõem a carteira do índice. O Ibovespa é uma carteira de 75 ações, uma espécie de elite. A bolsa também negocia ações que não estão no Ibovespa, mas, em tese são menos líquidas – têm menos procura e pode ter que esperar tempo maior para comprar ou vender essas ações.


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