Fundos de Investimento são opção para investidores sem habilidade ou paciência

O ideal é dividir seu dinheiro entre produtos conservadores e moderados ou arrojados, montando uma carteira parecida com a dos ativos tradicionais

Por: Marcelo Santos  -  19/09/20  -  18:16
  Foto: William Iven/Unsplash

Se você não tem habilidade ou paciência para diversificar suas economias, lidando com compra e venda de ações, dólar, ouro e títulos públicos ou privados, um caminho pode ser o dos fundos de investimentos. O ideal é dividir seu dinheiro entre produtos conservadores e moderados ou arrojados, montando uma carteira parecida com a dos ativos tradicionais – deixe a maior parte em fundos de renda fixa, evitando perdas nas grandes variações do mercado, e uma parte na zona de risco, dividindo esta última em dois (mais moderada, mais arriscada). A proporção exata depende de você.


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Mesmo que você já tenha investido em fundo, é preciso ter estratégia para turbinar os ganhos ou torná-los mais estáveis, conforme seu perfil. Lembre-se: um fundo é uma espécie de vaquinha, ou, sendo mais sério, condomínio, em que cada um compra suas cotas e com esses recursos um gestor investe em ativos para gerar ganhos para seus cotistas. A forma como ele vai fazer isso está no contrato, que os investidores geralmente não leem ou o fazem após algum desempenho desastroso.


Há fundos mais conservadores, de renda fixa, que concentram pelo menos 80% dos investimentos em títulos públicos ou privados, como Tesouro, CDBs e debêntures (uma empresa emite um papel que vai pagar juros no vencimento). Já entre os fundos de maior risco estão os de ações – 67% dos investimentos no mínimo precisam ser da bolsa. O gestor pode ser passivo – busca replicar o Ibovespa, que é o índice da bolsa que está todos os dias no noticiário. Há ainda o administrador mais ativo – ele compõe uma carteira com uma meta mais agressiva de rentabilidade.


Há ainda os cambiais, que investem em moedas, bons para quem vai viajar ao exterior ou tem obrigações em dólar ou euro. Já os imobiliários investem em papéis do setor (LCI, CRI, etc) ou recebem aluguéis de empresas (galpões ou salas), escolas, hotéis, hospitais e shoppings e são obrigados a distribuir 95% do lucro aos cotistas, garantindo uma renda mensal.


Os fundos mais interessantes são de multimercado, atuando com liberdade desde o título público até ações e moedas – o que for necessário para atingir uma boa rentabilidade. O investidor mais conservador deve destinar uma pequena parcela a essa modalidade, porque eles são bem voláteis – sobem muito, mas podem cair com força.


Como escolher um fundo


Os fundos existem aos milhares, maspara facilitar a escolha, depois de optar pela modalidade, compare taxas de administração e se o saque pode ser feito a qualquer hora ou daqui a um prazo. Não olhe apenas a valorização do ano anterior, mas dos últimos anos, principalmente como se saíram nos períodos de crises (nos dias em que os mercados balançam). Procure ainda as casas que avaliam esses fundos com estrelas ou notas, como Morningstar, Exame e Valor Econômico.


Fundos são seguros?


Você vai se decepcionar, mas fundos não têm FG (fundo garantidor, que cobre até R$ 250 mil por CPF se o banco quebrar). Mas são transparentes – fazem assembleias (que poucos acompanham) e relatórios. Escolha gestores experientes de casas renomadas, não concentrandoo patrimônio em um só. Para investir, basta acessar seu app de banco ou o gerente. As corretoras oferecem mais opções – pergunte onde seu dinheiro ficará custodiado (deve ser bancão ou B3).


Como ficam os impostos


Nos fundos, o IR é cobrado só sobre olucro e é retido (descontado no resgate). Nos de ações, o IR é de 15%, sem IOF.Os demais fundos pagam 22,5% no resgate até 180 dias da aplicação; 20% para 181 a 360; 17,5% de 361 a 720; e 15% acima de 720. Há IOF se o saque for feito antesde 30 dias. Esses fundos têm come-cotas - o IR de 15% é antecipado em maio e novembro e a diferença do IR é cobrada depois. Fundos de ações ou de títulos de curto prazo não têm come-cotas.


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