Fintechs investem no crédito habitacional

Instituições de menor entraram no mercado e ampliaram condições; diversificação das formas de crédito atrai perfis variados de mutuários

Por: Júnior Batista  -  02/08/20  -  21:47

O cenário de juros baixos também abriu caminho para que os empréstimos bancários ganhassem novas linhas, como é o caso do crédito com garantia de imóvel, o chamado home equity. Nessa modalidade, o imóvel serve de garantia para o empréstimo e pode trazer taxas atrativas para quem precisa de liquidez, que é o dinheiro na mão.


“Nós ainda estamos defasados em relação aos países desenvolvidos, que já possuem empréstimos desse tipo, mas a digitalização da operação, somada à resolução que autorizou os bancos a recomporem financiamentos originais com essa modalidade de crédito, melhorou as condições e trouxeram mais opções ao consumidor”, comenta a economista- chefe da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Cristiane Portella. 


Essa abertura fez com que bancos menores e startups de finanças, as fintechs, entrassem no mercado. É o caso da Credihome. Além da intermediação entre clientes e bancos para concretizar a operação, a fintech também empresta. 


Segundo o sócio da fintech, Caio Carra, a linha da Credihome reduz em 20% o valor das parcelas nos três primeiros anos. 


“Acreditamos que é um momento em que o cliente depende muito de dinheiro e precisa de um fôlego para se reestabelecer”, afirma.


A fintech trabalha com crédito da casa própria e com garantia de imóvel. As taxas começam em 6,95% ao ano, incluindo ofertas dos bancos por meio da plataforma. No home equity, as taxas são a partir de 0,99% ao mês. 


“A combinação desses fatores e o cenário de taxa de juros baixa têm atraído grande fluxo de demanda para a plataforma”, diz o executivo da fintech.


De acordo com ele, somente em junho a Credihome registrou R$ 5,6 bilhões em pedidos, volume três vezes maior que o registrado em maio. “No primeiro semestre, a demanda por crédito imobiliário captada pela plataforma já soma R$ 12 bilhões”, avalia Carra. 


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