FecomercioSP estima prejuízo de R$ 44 bilhões com quarentena no Estado

Entidade disse que "compreende" a necessidade de prorrogação da quarentena, mas cobrou do governo paulista maior detalhamento do projeto de retomada econômica

Por: Do Estadão Conteúdo  -  09/05/20  -  00:27
Atualizado em 09/05/20 - 00:50
São Paulo é o Estado com maior número de casos do novo coronavírus
São Paulo é o Estado com maior número de casos do novo coronavírus   Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) estimou em mais de R$ 44 bilhões as perdas no varejo paulista com a quarentena para conter a Covid-19, já considerando a nova prorrogação das medidas de isolamento anunciada nesta sexta-feira (8), pelo governador João Doria (PSDB), até 31 de maio. A estimativa da entidade trabalha com o retorno das atividades no dia 1º de junho.


Em nota, a FecomercioSP disse que "compreende" a necessidade de prorrogação da quarentena, mas cobrou do governo paulista maior detalhamento do projeto de retomada econômica - batizado como "Plano São Paulo" - da metodologia "que vem sendo utilizada para medir o deslocamento dos cidadãos durante a quarentena".


A instituição também pediu mais crédito aos empresários e argumentou que os R$ 650 milhões liberados pelo governo do Estado por meio do Banco do Povo e do Desenvolve SP não cobrem "sequer uma média diária do prejuízo no faturamento do comércio", estimada em R$ 659,7 milhões pela FecomercioSP.


A entidade também cobrou do governo outra prorrogação, a da suspensão do recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).


O governo já abriu mão do tributo durante a quarentena, mas a FecomercioSP defende que a medida seja renovada por seis meses "e ampliada a todos os tipos de empresa".


Comparado a 2019, o faturamento do varejo neste ano deve encolher em 11%, uma redução de R$ 83,4 bilhões, e a entidade espera que a recuperação da atividade após a pandemia seja lenta devido à queda na renda familiar e ao crescimento do endividamento.


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