Correntista sem calote pode adiar pagamento de dívidas

Cinco maiores bancos formalizaram benefício que permite prorrogação por 60 dias

Por: Júnior Batista & Da Redação &  -  19/03/20  -  21:56
A lei que criou o auxílio emergencial veda o recebimento por quem já ganha o seguro-desemprego
A lei que criou o auxílio emergencial veda o recebimento por quem já ganha o seguro-desemprego   Foto: Imagem ilustrativa/Agência Brasil

Os clientes do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco e Santander que quiserem prorrogar o pagamento de suas dívidas devem entrar em contato com cada instituição. Essa prorrogação não vale para cheque especial e cartões de crédito, de acordo com a Febraban.


Os bancos formalizaram na quarta-feira (18) a medida que prevê a suspensão do pagamento das dívidas por 60 dias. Trata-se de uma iniciativa para amenizar os efeitos econômicos do coronavírus, voltada a pessoas físicas e micro e pequenas empresas.


O alcance da suspensão temporária é limitada. Ela vale para os clientes que não deram calotes e que têm boa capacidade financeira. Os valores são limitados aos das parcelas equivalentes aos 60 dias.


Segundo a Federação Brasileira de Brancos (Febraban), os bancos não fizeram ainda um levantamento da quantidade de clientes que poderão ser beneficiados com a decisão.


Como pedir


Os clientes não precisam ir aos bancos, segundo a Febraban. Basta ligar para o gerente ou entrar em contato por canais de atendimento, como os aplicativos, sites de cada instituição, caixas eletrônicos e redes sociais.


Segundo a Febraban, a prorrogação não será automática. Será preciso receber a resposta do banco para ter direito aos 60 dias.


Consignado


Também como medida para estimular a economia, aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contarão com juros do empréstimo consignado reduzidos.


A taxa caiu de 2,08% para 1,80% ao mês. Para operações realizadas por cartão de crédito, houve recuo 3% para 2,7%. A projeção é que a medida injete R$ 25 bilhões na economia.


O último ajuste feito nas taxas de juros do INSS havia sido realizado em setembro de 2017, quando a taxa do empréstimo consignado passou de 2,14% para 2,08% e o do cartão de crédito, de 3,6% para 3%.


Segundo pesquisa da Associação Brasileira dos Bancos (ABBC), 65% dos clientes do consignado do INSS usam o empréstimo para pagar dívidas caras, como a do cheque especial, e 21% para despesas médicas.


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