Consumidor da região deve gastar até R$ 200 com presentes de Natal, diz pesquisa

Levantamento é do Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista; economista dá dicas de economia responsável

Por: Daniel Keppler  -  06/12/18  -  18:14
SincomércioBS espera crescimento dos lucros neste Natal, em relação a 2017
SincomércioBS espera crescimento dos lucros neste Natal, em relação a 2017   Foto: Fernanda Luz

A crise econômica vivida pelo Brasil em 2018 não deverá impedir que o comércio tenha um Natal melhor do que no ano passado. Segundo pesquisa realizada pelo Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista (SincomércioBS), a expectativa de 63% dos comerciantes da região é de que haja um crescimento de até 10% nos lucros, resultado do aumento do nível de consumo das famílias.


Segundo o levantamento, quase metade dos consumidores deve gastar, no máximo, R$ 200 com os presentes, sendo que 29% pretendem desenbolsar de R$ 100 a R$ 200 e outros 17%, menos de R$ 100.


No entanto, muitos não devem investir todo o dinheiro em um só presente: 40%, por exemplo, comprarão pelo menos quatro itens para presentear amigos ou familiares. Os produtos mais procurados devem ser os itens de vestuário, perfumes e cosméticos (27%) e brinquedos.


Cuidados


Para Gabriel Sarmento Eid, economista e mestre em Educação da B&S Associados, mais importante do que definir o que comprar, é saber como comprar e quanto investir em relação à própria renda. Para isso, planejamento é fundamental.


"Muitos culpam as propagandas e mídias, mas quem dá a palavra final sobre as compras somos nós. Consumir não é algo ruim e não deve ser evitado, mas é preciso se organizar antes de gastar qualquer dinheiro com qualquer coisa. Fazendo isso, montando um orçamento pessoal e separando quanto se pode gastar no mês, já ajuda muito em evitar gastar demais", diz.


Além da propaganda, outros fatores apontados na pesquisa da SincomércioBS como atrativos na hora de comprar foram as promoções e o bom atendimento. Mas para descobrir as melhores liquidações e encontrar os preços mais competitivos, Sarmento recomenda muita pesquisa.


"É um hábito (pesquisar preços) que todos deveriam ter, independente da circunstância, pois dinheiro infelizmente não cai do céu. Conquistar nosso dinheiro exige muito tempo e trabalho, logo, nada mais justo com nós mesmos do que buscar economizar nas compras. Minha dica é: sempre que comprar algo, pense no esforço que você teve para conseguir o dinheiro que você vai gastar. Rapidamente, pesquisar preços vai virar um hábito num piscar de olhos", afirma.


Na hora de pagar


Neste Natal, o dinheiro deverá ser a principal modalidade de pagamento, de acordo com 45% das pessoas ouvidas no levantamento do sindicato. Outras 35% utilizarão cartão de crédito. A maioria, ainda, deve recorrer às lojas físicas para adquirir seus presentes do que o comércio virtual. O economista aprova os dois comportamentos.


"Na compra presencial, podemos barganhar com o vendedor e usar o preço on-line como argumento. Além disso, na internet os preços variam muito, muito mesmo", explica.


Sarmento finaliza alertando para os riscos e cuidados ao se usar cartão de crédito para pagar os presentes de Natal, ou mesmo boleto bancário em caso de compras on-line. "Sempre existe risco na internet, no boleto ou cartão. O boleto tem a vantagem do desconto, mas exige maior economia e planejamento antes da compra. Já no cartão de crédito, o cuidado vai para se atentar aos parcelamentos, que podem ter juros, elevando o custo total da compra. Esse cenário sempre deve ser evitado", diz.


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