Confira 15 dicas para não passar mais nervoso nas compras on-line

Todo cuidado é pouco na hora de comprar pela internet; A Tribuna On-line ouviu especialistas para falar sobre o tema

Por: Daniel Keppler  -  01/12/18  -  16:30
  Foto: Divulgação

Passada a euforia provocada pela Black Friday e pelos mais de R$ 2,6 bilhões movimentados na data, de acordo com a Ebit/Nielsen, é hora de se pensar nos presentes de Natal e Ano-Novo. E, mais uma vez, o comércio eletrônico, ou e-commerce, se coloca como uma opção para quem quer pesquisar bem os preços ou deseja escapar das ruas e lojas lotadas nas cidades da Baixada Santista.


Para se aventurar pelas ofertas on-line sem cair em golpes e acabar tendo um final de ano de prejuízo e dor de cabeça, alguns cuidados são fundamentais - desde a hora de acessar os endereços das lojas virtuais até o momento em que o produto chega na casa do consumidor.


A Tribuna On-line ouviu especialistas no assunto e preparou um guia definitivo, com 15 dicas fundamentais para comprar pela internet sem passar por nenhum nervoso à toa:


1 - Confira a reputação das empresas: é fundamental verificar a idoneidade do local onde está sendo feita a oferta, pois com o aumento do e-commerce, aumentaram também as tentativas de golpes virtuais. Uma maneira de fazer isso é acessando a lista de sites não-seguros do Procon, que hoje conta com 419 endereços. "Ela funciona como um paliativo, ao alcance do consumidor para se prevenir dos riscos", afirma o chefe de Departamento do Procon-Santos, Rafael Quaresma. Ele completa: "As tentativas de golpes já são uma prática disseminada nas redes, sobretudo aos mais suscetiveis, por isso o consumidor precisa se proteger".


2 - Compare as empresas: cada vez mais há formas diferentes de se comparar os preços, através de sites e aplicativos especializados. Na maioria deles é possível fazer filtragens nas pesquisas, até deixá-las bem específicas sobre os produtos de interesse do consumidor. "É uma outra maneira de se proteger na hora de comprar on-line", afirma Quaresma.


3 - Avaliação de compradores: muitas plataformas de venda possuem campos para os consumidores opinarem sobre o atendimento da empresa e a qualidade dos produtos adquiridos. Antes de comprar, verifique essas avaliações, analise os comentários. "Outra opção é checar as redes sociais dessas empresas, dá para descobrir muita coisa sobre ela por ali", diz Quaresma.


4 - Cadeado e 'barra verde': dois sinais importantes de que o o site onde a oferta está exposta é seguro são o cadeado e a 'barra verde'. O primeiro é o protocolo htpps e o segundo é o certificado SSL-EV, que validam os dados do endereço acessado através de uma verificação exigente e rigorosa dos dados da empresa, trazendo a ela mais credibilidade.


5- Use conexões seguras: nunca, de forma alguma faça compras on-line em lan-houses, computadores públicos ou usando wi-fi de terceiros, pois isso compromete a segurança da conexão e pode expor dados pessoais e sigilosos a terceiros, que poderão usá-los para praticar golpes ou realizar compras não-autorizadas.


6 - Ofertas inacreditáveis: muito cuidado com as propagandas alardeando oportunidades tão imperdíveis que parecem impossíveis de serem verdade, pois muitas vezes elas não são mesmo. Quaresma explica: "Não tem milagre. É muito provável que um anúncio desses seja a porta de entrada de um golpe, especialmente se não vir de uma empresa de marca conhecida no mercado".


7 - Detalhes da empresa: é muito importante verificar se a empresa vendedora possui estrutura de funcionamento e atendimento para sustentar o que oferece. E oferecere essa informação é uma obrigação legal, segundo Quaresma. "O decreto federal 7.962/2013, que disciplina o comércio eletrônico, exige das empresas que uma série de informações sejam exibidas de forma clara no site, como CNPJ, endereço físico e telefone fixo. A ideia é que o consumidor tenha o maior número de dados da empresa, comparado ao que teria em uma compra física", justifica.


8 - Atenção à entrega: nem sempre o consumidor verifica a data de entrega prevista do produto, mas é um detalhe que precisa ser exposto e analisado antes de se finalizar a compra, a fim de que a espera não gere insatisfação excessiva.


9- Explore as chances de desconto: procure dar preferência às empresas que oferecem descontos nas compras à vista - a forma ideal de se adquirir produtos.


10- Frete grátis ou não? Nem todo site oferece a entrega do produto sem custo. É fundamental olhar esse detalhe antes de fechar a compra, pois muitas vezes, ao se pagar o frete, o consumidor perde um desconto eventualmente adquirido, ou acaba pagando mais caro no produto do que comprando em uma loja física ou em uma concorrente, por exemplo.


Outra dica importante é analisar se produto tem problemas já ao recebê-lo
Outra dica importante é analisar se produto tem problemas já ao recebê-lo   Foto: Divulgação

11- Atenção ao CET: nem toda opção de parcelamento é sem juros, e nem sempre isso fica claro ao consumidor. Uma forma de se confirmar esse detalhe é verificando o Custo Efetivo Total da compra: se ele é maior do que o valor à vista do produto, o parcelamento tem encargos - o que também não é recomendado.


12- Prefira cartão a boleto: pagar compras pela internet através de boleto pode se tornar um sério problema se o produto vier com problema ou se a devolução dos valores for necessária. Ao se pagar com cartão, o estorno dos valores é muito mais fácil nessas situações.


13- Evite gastos de última hora: por conta dos algoritmos vinculados à maioria dos anúncios na internet, as preferências e buscas do consumidor acabam vinculadas, o expondo a um bombardeio de propagandas de produtos que lhe interessam. Isso faz com que a tentação por comprar seja maior, e as compras por impulso também - o que não é recomendado. Planejamento sempre é o mais importante.


14 - Mantenha registro de tudo o que for possível: bom ter como provar os detalhes relevantes da compra, de acordo com Quaresma. "Ou imprimindo ou dando print screen de telas, como os detalhes da oferta, condições da compra, se há valor de frete, prazo de entrega, manter esse registro é importante para evtar dor de cabeça ao consumidor", diz.


15 - Na hora da entrega: analise o produto logo ao recebê-lo, para que qualquer defeito ou inconsistência seja detectada de imediato. Caso isso seja verificado, não assine o documento de recebimento, devolvendo o item na hora. "Mas mesmo que o vício no produto não seja visto na hora, o artigo 41 do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) garante a ele sete dias, a partir do recebimento, para realizar a troca. O fornecedor deve retirar o produto com problema, a custo zero, e entregar outro ao comprador", afirma Quaresma.


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