Mercado de trabalho em queda exige habilidades especiais de jovens

Projeções indicam que profissões corriqueiras devem desaparecer nos próximos cinco anos; especialistas dão dicas de carreira para quem está em busca de uma formação profissional

Por: Por ATribuna.com.br  -  08/01/21  -  18:47
Especialistas listam profissões que devem ter destaque no mundo pós-pandemia
Especialistas listam profissões que devem ter destaque no mundo pós-pandemia   Foto: Reprodução/AdobeStock

A força trabalhadora tradicional está em retração: uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial sobre o Futuro do Trabalho sinaliza que, em cinco anos, funções redundantes diminuirão. As previsões nada otimistas citam que essas áreas vão encolher dos atuais 15,4% das vagas disponíveis para 9%. Trata-se de uma cada de 6,4% da mão de obra ocupada atualmente – um de cada 15 postos de trabalho.


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Em compensação, as profissões emergentes crescerão de 7,8% para 13,5% (crescimento de 5,7%) do total de funcionários de uma empresa. Com base nestes números, é estimado que até 2025, 85 milhões de empregos podem ser alterados por uma mudança na divisão do trabalho entre pessoas e tecnologia.


Contudo, podem surgir cerca de 97 milhões de novas funções que serão adaptadas para a nova divisão de trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos, em cerca de 15 setores estudados pelo relatório.


Por causa dessa competitividade entre humanos, máquinas e algoritmos, especialmente os jovens, precisam mudar a forma de encarar o mercado de trabalho.


A headhunter internacional e CEO da Soul Factor, Erica Castelo, explica a condição dos setores no futuro, "por causa da queda da força de trabalho tradicional, é preciso que nos próximos anos as gerações se adequem logo no começo da sua graduação a condições mais tecnológicas e comportamentais esperadas pela era digital.Com isso, cursos podem demorar para implementar a tecnologia em sua grade de estudo e, por isso, o próprio aluno deve ir atrás de atualizações por meio de cursos rápidos e complementares”.


Alguns papéis serão cada vez mais redundantes, até 2025, principalmente em funções que já estão sendo substituídas pela tecnologia, como serviços de contabilidade, folha de pagamento, auditores, trabalhadores de fábricas e secretários administrativos e executivos. “Os trabalhos mais processuais, como contabilidade e administração, irão continuar sofrendo com a competitividade entre as pessoas e a tecnologia.


Por isso, é preciso mostrar que além da teoria e prática aprendida nas universidades, o profissional também sabe adequar seu trabalho ao meio tecnológico, podendo, por exemplo, trabalhar remotamente com contato limitado com clientes ou sua equipe”, destaca a especialista Erica Castelo.


Novas áreas


Sobre a próxima década, uma parcela dos empregos criados será em ocupações totalmente novas. O estudo apresentou, pela primeira vez, uma forma de medir e acompanhar o surgimento de um conjunto de novas profissões em toda a economia usando trabalho em tempo real e dados de mercado. Foram identificados cerca de 99 empregos que estão crescendo consistentemente em demanda.


“Estes conjuntos de novos empregos serão voltados para funções novas de engenharia, computação em nuvem, desenvolvimento de produtos e IA”, comenta a headhunter.


Porém, muitas atividades ainda mostram a importância contínua da interação humana na nova economia. “Marketing, vendas e produção de conteúdo. Além de ocupações que precisam de aptidão para compreender, pensar criticamente e estar confortável trabalhar com diferentes tipos de pessoas de diferentes tipos”, finaliza Erica.


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