Emprego com carteira assinada cresce na Baixada Santista

Foram gerados 2.666 novos postos de trabalho formais na região, com 102.929 admissões e 100.263 demissões durante o ano

Por: Da Redação  -  25/01/19  -  21:33
PAT de Peruíbe oferece oito oportunidades de emprego
PAT de Peruíbe oferece oito oportunidades de emprego   Foto: Fotos Públicas

Após quatro anos de queda contínua no emprego com carteira assinada, a Baixada Santista registrou crescimento em 2018. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), vinculado agora ao Ministério da Economia, mostram que foram gerados 2.666 novos postos de trabalho formais na região, com 102.929 admissões e 100.263 demissões durante o ano. Entre 2014 e 2017, foram perdidos 43.707 empregos com carteira assinada, sendo 2015 e 2016 os anos de pior desempenho (redução de 15.301 e 19.520 empregos, respectivamente).


A recuperação é tímida, e será necessário longo período de crescimento econômico para que o nível de 2013, antes do início da crise, seja alcançado novamente. Ainda assim, é positivo que o cenário seja outro, indicando que a Baixada Santista, finalmente, começou a superar os efeitos da terrível recessão de 2014-2017.


Quando se comparam os números regionais com os do Brasil, nota-se que o movimento é semelhante, mas a intensidade do desemprego aqui foi bem maior. No país, o saldo positivo foi de 529,6 mil vagas em 2018, contra perdas de 1,5 milhão de empregos em 2015, 1,3 milhão em 2016 e apenas 11,9 mil em 2017. Considerando os três anos, foram fechadas no país 2,8 milhões de vagas, sendo que quase 20% desse total foi recuperado em 2018.


Na Baixada Santista, a geração de empregos no ano passado correspondeu a apenas 6% do total perdido entre 2014 e 2017. Note-se, ainda, que, ao contrário do Brasil, 2014 já apresentou resultado negativo na região, o mesmo acontecendo em 2017 (com queda ainda expressiva de 7.317 empregos). O cenário, entretanto, mudou. Seis dos nove municípios da região tiveram resultados positivos em 2018 (as exceções foram Guarujá, Itanhaém e São Vicente), e Santos, o principal polo empregador, foi responsável por 62,8% do crescimento registrado.


Há desafios à frente. A situação ainda não é confortável - embora não haja dados disponíveis sobre o desemprego regional, ele certamente deve ser superior à média estadual e nacional - e exige esforços do poder público e do setor privado para que o crescimento econômico seja ampliado, de maneira a gerar empregos de qualidade, em maior número. Os números do Caged dizem respeito exclusivamente a postos de trabalho com carteira assinada, e o pequeno aumento registrado indica que muitos estão sobrevivendo na informalidade, com trabalhos temporários e incertos.


No país, os novos empregos surgiram especialmente no comércio e serviços, responsáveis por 94% do saldo líquido no ano. Embora com números positivos, a atividade ainda é reduzida em setores como construção civil e indústria. As expectativas na região são positivas, e isso é importante, mas é preciso criatividade, empenho e trabalho para melhorar, de fato, o emprego na Baixada Santista.


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