Vacina do Butantã é segura em teste de 9 mil voluntários

Comprovação da eficácia sai em novembro ou dezembro, adiando vacinação para 2021

Por: Do Estadão Conteúdo  -  19/10/20  -  00:15
Governador Doria exibe imunização de laboratório chinês: Sinovac já fez teste em 50 mil chineses
Governador Doria exibe imunização de laboratório chinês: Sinovac já fez teste em 50 mil chineses   Foto: Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo

O Governo do Estado anuncia amanhã que a vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantã em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, se mostrou segura também em testes com 9 mil voluntários brasileiros.


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Os dados de eficácia devem ser divulgados no próximo mês ou em dezembro, o que deve atrasar a previsão do governador João Doria (PSDB) de iniciar a imunização ainda neste ano.


De acordo com o diretor do Butantã, Dimas Covas, os testes com os 13 mil voluntários não foram finalizados e a análise de eficácia ainda não pode ser feita. Ele afirmou que foi concluída nesta semana só a primeira etapa do estudo, com 9 mil pessoas. 


Mesmo nesse grupo, nem todos tomaram as duas doses ainda, o que deve ocorrer até o fim do mês. “Já temos os dados de segurança dessa etapa, eles são muito parecidos com os chineses (estudo em que mais de 90% dos voluntários não tiveram eventos adversos). São esses dados que vou detalhar na segunda. Eficácia ainda não dá para falar porque temos de esperar as pessoas terem contato com o vírus. Pela minha impressão, acho que teremos dados conclusivos mais para o fim do ano, entre novembro e dezembro”, disse.


Covas explicou que as conclusões sobre eficácia dependem da ocorrência de um número mínimo de infecções por covid-19 entre os voluntários. Esse índice, definido por cálculos estatísticos, é necessário para que os pesquisadores comparem quantos dos contaminados estavam no grupo vacinado e quantos faziam parte do grupo que recebeu o placebo. Se o total no segundo grupo for significativamente superior ao do primeiro, há evidência de que a vacina foi capaz de proteger contra a covid.


No caso do estudo da Coronavac, o número mínimo para uma primeira análise é de 61 contaminados, o que, de acordo com o diretor do Butantã, ainda não foi atingido.


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