Pesquisa de estudante santista aponta malefícios do cigarro eletrônico

Estudo analisou efeito das substâncias aromáticas em dispositivo

Por: Yasmin Vilar & De A Tribuna On-line &  -  27/10/19  -  13:13
Substâncias podem causar irritações em órgãos respiratórios
Substâncias podem causar irritações em órgãos respiratórios   Foto: AFP Photo

Tendência entre as pessoas mais jovens, o cigarro eletrônico se tornou alvo de preocupação de especialistas em todo o mundo. Nos Estados Unidos, de acordo com médicos da Universidade de Utah, cerca de 450 casos de uma doença pulmonar grave foram descobertos, podendo ser considerado um surto. Já em Santos, uma estudante de Farmácia foi responsável por analisar os riscos toxicológicos dos óleos essenciais utilizados no aparelho, fazendo um alerta para seus perigos. 


A discente do curso de Farmácia da UniSantos, Carolina de Paula Souza Jesus, mostrou interesse pela pesquisa ao olhar o comportamento de influenciadores digitais nas redes sociais.  


"Eu via influencers falando que usavam esses difusores e que não traziam consequências ruins porque era algo natural. Como a minha professora é mestre em fitoterapia, eu sugeri o projeto sobre o uso de óleos essenciais", explica. 



Carolina de Paula Souza Jesus teve interesse na pesquisa após notar uso de cigarros eletrônicos por digitais influencers (Foto: Divulgação/ Unisantos)

O estudo enviou um cigarro eletrônico com óleos essenciais teoricamente definidos para análise na Central Analítica de Instrumentação da Universidade de São Paulo (USP). Foi retirado do instrumento uma espécie de esponja com óleos essenciais para ser realizada a identificação da substância. 


"Pesquisamos o que cada molécula fazia. Muitas eram aromatizantes, porém muitas delas são substâncias irritantes de mucosas. Ou seja, você inalar diretamente essa fumaça com óleo essencial, mais vai irritar do que propiciar um efeito farmacológico positivo. O uso constante pode proporcionar consequência horríveis, como o câncer". 


Também no trabalho, a pesquisadora e sua orientadora, Carla Lanza Belmonte, descobriram substâncias bactericidas, responsáveis por matar a microbiota do sistema respiratório, dando oportunidade para bactérias oportunistas como pneumonia e outras doenças.  


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