Pazuello diz que estados estão mais preparados; Bolsonaro diz 'vamos tocar a vida'

Ministro interino da Saúde participou de live ao lado do presidente Jair Bolsonaro

Por: Da Agência Brasil  -  07/08/20  -  12:53
Atualizado em 07/08/20 - 13:01
Ministro da Saúde participou da live do presidente Jair Bolsonaro na quinta-feira (6)
Ministro da Saúde participou da live do presidente Jair Bolsonaro na quinta-feira (6)   Foto: Reprodução

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou na quinta-feira (6) que os estados estão mais preparados para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. Ele participou da live semanal do presidente Jair Bolsonaro, transmitida pelas redes sociais.


"A gente não tem uma solução imediata para o aumento [de casos], mas para o tratamento dos doentes, sim. Eu posso afiançar que o Sul do país está seguindo claramente essas posições que eu coloquei aqui quanto ao tratamento", disse, em referência à mudança na diretriz do Ministério da Saúde, anunciadas no início de julho.


Na ocasião, a pasta alterou o protocolo médico para pessoas que sentirem sintomas leves da doença, passando a solicitar que tais pacientes passem a procurar um médico. Antes, a diretriz indicava a busca por ajuda profissional apenas em caso de sintomas mais graves.


"O que pode mudar a curva de óbito é você aplicar o aprendizado o mais rápido possível. E o aprendizado que nós mudamos foi: procure um médico imediatamente. O médico, de forma soberana, fará seu diagnóstico e vai prescrever os seus medicamentos. Se você piorar, deverá ir para uma estrutura de suporte ambulatório, não necessariamente será intubado. Para que você cumpra o ciclo viral sem a necessidade de respiradores", disse o ministro.


Presidente


Na live, o presidente Jair Bolsonaro fez menção ao número de mortes atualizado por Covid-19 no país. Até a noite de quinta-feira (6), foram registrados 97.418 mortos pela doença. ""Estamos chegando ao número de 100 mil (mortes); vamos tocar a vida"


Segunda fase


O ministro disse, durante a live, que o país enfrenta uma segunda fase da pandemia do novo coronavírus, que agora atinge com mais força os estados do centro-sul do país. 


"São duas etapas bem distintas. O Norte e o Nordeste do país foram impactados no começo do ano, de março até junho, e agora o impacto do centro-sul: Sudeste, Sul e Centro-Oeste, em alguns casos, em que nós vamos ter o recrudescimento, o aumento dos casos, e com isso necessidade de tratamento maior nesses estados, por causa do inverno. Tem a ver com o inverno no Sul, que aumenta os casos", disse.


O último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado ontem (5), mostra um aumento da média diária de infecções, principalmente nos estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), cuja média diária de novos casos e óbitos pela doença cresceu 11%. Na Região Sudeste, o número de novos casos permaneceu estável na última semana, enquanto o de óbitos chegou a cair. No caso do Centro-Oeste, a média diária de óbitos subiu 8%.


O mesmo balanço também mostrou que houve uma redução de 7% na média nacional do número de novos óbitos na comparação com os dados da semana anterior. A  31ª semana epidemiológica (última semana de julho) teve 7.114 mortes e  a semana anterior teve 7.677. Foi a primeira vez desde o final de junho que o número semanal de óbitos caiu no país.


Vacina


Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro assinou a medida provisória (MP) que abre crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão para viabilizar a produção e aquisição da vacina contra a covid-19 que está sendo desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford. 


Se a vacina for considerada eficaz, o governo brasileiro vai obter 100 milhões de doses e poderá iniciar uma campanha nacional de imunização no início de 2021.


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